Tem uma expressão que diz que o DNA dos filhos se aproxima com os dos pais. Dentro do esporte isso pode funcionar também, além de outros quesitos. Será que é verdade? Pode não ser se considerarmos que nem sempre um filho segue o mesmo caminho e carreira dos pais.
Você pode ver um jogo da NBA, da NFL, da Liga dos Campeões e não saber que aquele jogador seguiu os passos dos pais ou de outros membros da família. Porém isso é mais comum do que pensa. Um bom exemplo é a geração de atletas Forlan, Maldini e Curry. Existem outros esportistas que podem ser citados também. Veja só.
8 – Os Rezende
A Seleção Masculina do Vôlei de Quadra tem sido uma das maiores campeãs dos últimos anos. Venceu mundiais e tem medalhas olímpicas também. O que pouca gente sabe, no entanto, é que o treinador da seleção, que agora está na feminina, é pai de um jogador.
Estamos falando do Bernardinho, que é o técnico e do Bruninho, que é o filho. Só que tem mais uma coisa, a mãe do Bruno, a Vera Mossa, também foi uma grande jogadora de vôlei durante os anos de 1980, disputando 3 Olimpíadas.
Já o pai foi medalhista de prata em 1984, mas atuando como reserva. Logo, ele acabou tendo mais sucesso como treinador, onde conseguiu acumular várias medalhas e, inclusive, comandando o filho dentro das quadras.
7 – Os Mannings
Archei Manning foi um quarterback de respeito que atuou no Saints. Depois, jogou em Ole Miss e foi para o New Orleans Saints, que foi onde fez mais sucesso. Na NFL, a principal liga de futebol americano do mundo, ele jogou por 13 temporadas e foi para dois Pro Bowls.
Aliás, foi eleito no Hall da Fama do clube. Dos três filhos que teve, dois foram para a NFL também. O mais velho é Cooper, que precisou parar com o esporte porque conta de um problema de saúde. Já Peyton e Eli continuaram na prática do esporte.
Peyton passou pela Universidade do Tennessee, Ole Miss, e se tornou um quarterback com 5 prêmios MVP e 2 Super Bowls. Eli foi para o Ole Miss e se tornou atleta do Giants de Nova York, com 2 vitórias no Super Bowl. Agora, a NFL está sem Mannings porque todos se aposentaram.
6 – Os Grael
Apesar de estar longe de ser um esporte difundido mundialmente, ele é olímpico e, portanto, tem a sua atenção. Para os brasileiros, Torben Grael é uma figura icônica, por ser considerado um dos maiores velejadores de todos os tempos.
Para se ter uma ideia, ele é um dos brasileiros com mais medalhas em Olimpíadas, sendo 5, das quais 2 são de ouro. O fato é que agora quem está na vela é Martine Grael, a filha do velejador. Ela é muito bem vista pelos torcedores nacionais e considerada corajosa.
Aos 27 anos, ela foi a campeão olímpica de 2016, durante os Jogos do Rio, ao vencer na classe 49er FX. Atualmente, a parceira de barco é a Kahena Kunze. Ah, e vale lembrar que o irmão do Torben, o Lars Grael, também é medalhista olímpico (bronze).
5 – Os Laudrup
Já ouviu falar do Michael e do Brian? Eles fizeram parte da equipe dinamarquesa da década de 1980. E ficaram lá até o final da década de 1990. Porém não chegaram a fazer parte do time heroico e mais famoso do país, que venceu a Eurocopa de 1992.
Os irmãos são filhos de Finn Laudrup, que também foi jogador de futebol profissional da seleção. Ele jogou como atacante e participou do quadro de vários clubes dinamarqueses. E tem mais nessa conta toda sobre a família Laudrup no esporte.
Michael também tem filhos que seguiram a carreira como jogador de futebol. Seus nomes são Mads e Andreas. Eles são meios-irmãos e também atuaram por vários clubes da Dinamarca. Inclusive, o Andreas foi campeão dinamarquês pelo Nordsjaelland, que hoje tem 2 DBU Pokalen e 1 Superliga.
4 – Os Piquet
Para quem assiste o automobilismo nos dias atuais, o nome de Nelsinho Piquet pode parecer comum. Mas, para os mais velhos, o sobrenome é muito forte. Ele vem de Nelson Piquet, que é tricampeão mundial da Fórmula 1. Nelsinho é o filho.
Nelsinho chegou a disputar a Fórmula 1 também. Porém, ao bater o seu carro para beneficiar o companheiro de equipe, Fernando Alonso, no GP de Singapura, em 2008, ele acabou ficando de lado e voltou para a Stock Car, para a Fórmula E e Nascar. Tem 2 títulos na Fórmula 3.
Inclusive, ele foi o campeão da Fórmula E, que reúne carros elétricos, no ano de 2015. Ele também tem corrida na Nascar Xfinity e Truck. Curiosamente, ele tem dois irmãos, Pedro e Geraldo, que também seguiram o mesmo caminho do pai, do automobilismo.
3 – Os Forlan
Entrando nos top 3 das famílias esportistas, a gente tem aqui o sobrenome Forlan, que é muito conhecido no Uruguai e no futebol mundial. Diego Forlan é uma lenda viva hoje, vencedor da Bola de Ouro da Copa do Mundo de 2010. Só que tem um fato curioso que pouca gente sabe.
Diego é a terceira geração da família que deixa a marca no futebol. Antes dele, o pai e o avô pisaram nos gramados uruguaios também. O pai é o Pablo Forlan, um zagueiro do Uruguai que jogou na Copa de 1966 e 1974 e também no Peñarol.
O avô materno é o Juan Carlos Corazzo, sogro do Pablo. Ele também jogou futebol, passando pelo Independiente da Argentina na década de 1930. Inclusive, o Diego passou por lá também, 6 décadas mais tarde. Juan foi técnico da seleção do Uruguai em dois títulos da Copa América.
2 – Os Maldini
O Maldini foi um zagueiro muito famoso no Milan, da Itália e que jogou até pouco tempo. O pai dele, Cesare, também atuou no futebol e com uma história muito marcante: 412 jogos e 3 gols com a camisa do Rossonoreri. Ele tem 4 títulos italianos e 1 Liga dos Campeões.
O filho é o Paolo, que se tornou ídolo do mesmo clube. O eterno camisa 3 jogou a vida toda no mesmo clube, sendo o capitão quando tinha apenas 21 anos. E assim foi até o fim da carreira em 2009. O resultado tem a ver com 7 títulos nacionais, 5 supercopas, 1 copa.
Além dos internacionais: 5 Ligas dos Campeões e 3 Mundiais de Clubes. E, o que tudo indica, o futebol que está no sangue dos Maldini não vai parar por aí. O filho mais velho de Paolo, Christian, está na segunda divisão e o mais novo, Daniel, está no profissional do Milan.
1 – Os Curry
O Curry é um nome muito atual na NBA, que é a principal liga de basquete do mundo e acontece nos Estados Unidos. Ele é considerado o maior atirador de 3 pontos da história ou um dos maiores. Inclusive, um dos melhores treinadores que ele teve foi o pai.
Dell Curry jogou pelo Utah Jazz no draft da NBA de 1986. Mas ficou 10 temporadas no Charlotte Hornets. Lá ele deixou vários recordes, incluindo, o número de jogos disputados e de pontos marcados, também. Dois filhos dele jogam a NBA, Steph e Seth.
Apesar de ter uma carreira icônica, Dell ficou impressionado mesmo com o sucesso do filho, o Steph, que assumiu o comando do basquete nas últimas temporadas, sendo reconhecido pelo Golden State e vencendo 3 finais de NBA, sendo o MVP por duas vezes.
Pai e filho de esportes diferentes
Já no fim, nós temos uma curiosidade aqui. Considere que Phil Rajzman é um bicampeão mundial de surfe de pranchas longas, chamadas de longboard. Só que a curiosidade está no fato dele participar de um esporte muito diferente do que o pai praticou em décadas passadas.
Lembra quem acima falamos do Bernardinho, que foi prata nos Jogos de 1984 pela Seleção Masculina de Vôlei do Brasil? Então, o Bernard Rajzman estava lá também. Assim sendo, o pai jogou vôlei e o filho está fazendo história no surfe, o que é, no mínimo, interessante, não é?
Além disso, ele tem mais 4 pratas, sendo no Mundial de 1982 e nos Jogos Pan-Americanos de 1975, 1979 e 1987. Sem falar ainda do ouro que veio no Pan de 1983, que aconteceu em Caracas, na Venezuela e contou com 36 países.
Filhos de esportistas que ainda não decolaram
A gente tem uma espécie de especulação. Isso porque os filhos de alguns astros do esporte ainda não despontaram nas suas modalidades. Só que ao que tudo indica, esses destinos podem estar traçados. Confira alguns nomes de filhos de esportistas que estão no começo da carreira.
Lebron James Jr é o filho do King James e já começou a praticar o esporte favorito do pai. Apesar de ser um bom jogador, ele ainda está nas fases iniciais. O mesmo vale para o Cristiano Ronaldo Jr, que segue o caminho do pai famoso. Eduardo e Fernando são heranças vivas de Rubens Barrichello, do automobilismo.