O flyboard é um esporte aquático que se tornou febre no verão europeu. No Brasil, também chegou com força e hoje é uma das atividades preferidas de quem gosta de esporte radical na água. A criação é bem recente, sendo um dos esportes mais novos que existem.
Assim sendo, o Brasil oficializou o esporte a partir de regras e atualmente dá para ter aulas e começar a praticar de maneira segura. Abaixo, conheça tudo sobre o esporte, inclusive, as recomendações, os preços e a história por trás.
Quer conhecer tudo do flyboard, continue lendo:
- Quem está por trás do flyboard;
- Quem é Franky Zapata;
- Como praticar o flyboard;
- O primeiro campeonato mundial de flyboard.
Quem está por trás do flyboard
Franky Zapata! Esse é o nome do homem considerado um autodidata que tinha o sonho de criar uma máquina voadora. E realizou. O sonho louco de voar foi o que impulsionou o inventor francês de 40 anos a trocar o jet-ski por uma máquina voadora. Assim, atravessou o Canal da Mancha.
A criação todo mundo deve imaginar qual seja: o flyboard. Na prática, uma máquina voadora inventada pelo campeão de jet-ski. “Nunca sou tão bom como quando estou de costas para a parede”, ele chegou a contar nos primeiros relatos após a sua invenção mirabolante.
Através da máquina alimentada por turbojatos, ele consegue ficar em pé. A alusão veio do seu primeiro fracasso, que foi 110 anos após a façanha de Louis Blériot. Louis foi o primeiro aviador a cruzar o estreito que liga a França à Inglaterra – o Canal da Mancha.
O que é o flyboard
Antes de falar mais do Zapata, vamos apenas pontuar o que é esse novo esporte. É uma prancha como a de wakeboard. Assim, é acoplada à mangueira especial resistente à alta pressão, sendo conectada a turbina do jet-ski. Ele funciona a partir da bomba de água.
Assim, a turbina não impulsiona o jet para frente. No entanto, através da mangueira que é conectada a ela, a água é conduzida para debaixo da prancha. Logo, é forçada para baixo através de dutos de saída instalados na mesma. É mais fácil entender na imagem.
O fato é que o jato de água é dirigido para baixo e impulsiona o esportista para cima. Assim, passa a ter a mesma ideia do andar de skate. O curioso é que o alcance da mangueira pode chegar a 10 metros. Pense no flyboard como um esqui com giros no eixo. É um surfe aéreo.
Quem é Franky Zapata
Zapata sempre foi um jovem pequeno, com estatura de 1,68 metros. Porém, sempre teve um corpo atlético, com sotaque de Marselha. Logo, chamado de “disléxico” e “daltônico”. Ele deixou a escola aos 16 anos. Jamais imaginou que seria alguém que viveria no mar ou no ar.
É filho de construtor, apaixonado por mecânica e que nunca achou que um jet-ski seria suficiente para fazer suas manobras, apesar de ter sido campeão nessa modalidade. Por isso, ele soldou dois motores em um V8 e fez a própria máquina de voar.
Resumidamente, o Zapata já tentou se explicar certa vez. Ele disse que era “piloto, empresário, inventor, não sei o que sou”. Logo, “um pouco de tudo e de nada ao mesmo tempo”. Assim, talvez, seja o jeito que o mundo o veja atualmente.
O histórico de Franky Zapata
Zapata foi campeão da Europa e do mundo por várias vezes, sempre na modalidade de “Runabout”. Mas, desde 2011, se especializou em trocar a água pelo ar. Foi assim que foi aperfeiçoando o “flyboard” nas oficinas da sua própria empresa, a Rove.
Errou por duas vezes, sem sucesso. Mas, nunca parou. Foi a partir de 2016 que focou ainda mais em lançar o flyboard, a verdadeira máquina voadora e autônoma. “De qualquer forma, nada o para. Ele é assim, nunca vai parar”, revelou a mulher do esportista, Kystel.
Aliás, o mundo chegou a ver um momento em que a rocha partiu. Ou seja, que Zapata cedeu e não resistiu. Foi quando ele chegou à baía de St. Margaret, na Inglaterra. Nessa hora, o filho ligou por telefone e disse “você é o melhor, papá”.
Como praticar o flyboard
Quem se interessou pelo tema, mas nunca fez isso antes, saiba que existem algumas dicas que podem fazer todo sentido na hora de praticar o flyboard. Bora lá. A primeira coisa é entender que é uma atividade que exige atenção e cuidados para garantir o bom desempenho.
Então, equipamentos de segurança, como colete salva-vidas, não podem ser deixados para trás. Depois, vem o movimento da ponta dos pés, dos joelhos levemente flexionados e o tronco inclinado para frente. Essa é a posição certa para iniciar o flyboard.
A partir disso, nascem os próximos movimentos, considerando a criatividade e a experiência de cada esportista. Também para quem nunca praticou, considere que é preciso estar com uma roupa justa e sem qualquer acessório (brincos, óculos, bonés).
Onde praticar o flyboard no Brasil
Existem vários lugares que permitem passeios e a prática do flyboard no Brasil. Geralmente, é interessante praticar em praias. Um exemplo para ter essa sensação de voar está no Canal da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Basta agendar com antecedência e chegar na hora marcada para começar.
Outras praias, como as do Sudeste, também oferecem esse tipo de atividade. No Guarujá (SP), por exemplo, o passeio custa R$ 150 para cada 30 minutos de atividade. O mesmo para cidades como Maresias e Ilhabela, também em São Paulo.
Para quem quiser comprar o equipamento, o valor é de R$ 35 mil aqui no Brasil. Mas há empresas por trás que querem baratear o equipamento para tornar ele ainda mais popular por aqui. Por isso, novos moldes têm sido estudados a cada dia.
O que os brasileiros dizem sobre o flyboard
Em alguns sites de viagens, a experiência de estar voando sobre a água é um diferencial. Por isso, eles permitem que as pessoas falem sobre isso em várias praias brasileiras. Encontramos alguns desses relatos e a maioria é positiva.
Assim, os praticantes do Flyboard SP, na Ilhabela, comentam sobre a prática do exercício na Praia do Sino. “Meu esposo e eu fechamos o ano com chave de ouro. Foi sensacional. Super indicamos. De olhos fechados”, disse Renata Scarelli, que é de Sorocaba (SP).
O Douglas Garcia, que é de São Paulo, também experimentou o esporte. “Muito top. Valeu a pena fazer uma viagem rápida à Ilhabela para conhecer o flyboard. Final de semana show. Para chegar a Praia do Sino é 30 minutos de balsa”.
O recorde do flyboard
Além desses comentários que acabamos de ler, vale a pena mencionar aqui o recorde do flyboard que está no Guiness Book. É para a maior distância em um flyboard em 24 horas. O recorde, apesar de ter sido criado, ainda está em aberto.
O Guiness ainda diz que “para efeitos de registros, um flyboard é uma prancha conectada a uma turbina PWC que permite ao usuário subir no ar, mergulhar e pular para fora da água”. E aí, quer tentar?
O primeiro campeonato mundial de flyboard
A primeira competição em nível nacional acontece em 2012 e com representantes de vários países. A competição foi em Doha, no Qatar, e reuniu 20 países representados. Alessander Lenzi foi o representante do Brasil nessa disputa.
Enquanto isso, vale dizer que o esporte aparece como demonstração de campeonatos nacionais de Jet-Ski, como foi em 2019. Isso porque apesar de ter a competição mundial em 2012, o esporte só se tornou popular aqui em 2014.
Sabendo disso tudo, há regulamentos que passaram a validar o flyboard no Brasil. A norma 3 da Marinha do Brasil, por exemplo. Ela cria determinações sobre veículos rebocados, como as novas plataformas, o que inclui o flyboard.
O flyboard na mídia, na TV, no cinema e na arte
Curiosamente, apesar de ser considerando um dos esportes radicais mais novos que existem, o flyboard já se tornou uma estrela de cinema. Para contar mais disso, saiba que um mortal com flyboard foi realizada em um filme de Bollywood, o Bang Bang. Foi feito por Hrithik Roshan.
Já na temporada de 2015 da America’s Got Talent, um artista chamado de Damone Rippy fez a sua apresentação em flyboard. Ah, vale dizer que Leonardo DiCaprio e Vin Diesel já usaram esse equipamento, o que o tornou ainda mais social e popular.
Na Espanha, há relatos de que existem mais de 50 pontos de aluguel em todo litoral. Isso porque é uma das maiores modas do verão europeu. No Brasil, a ideia também decolou e especialistas já esperam aval da legislação para que o “brinquedo” se torne oficialmente um esporte.
Quem não deve praticar o flyboard
Apesar de ser um esporte aquático radical que quase todo mundo pensa em praticar, considere que existem alguns requisitos que faz com que alguns grupos de pessoas não deveriam fazer isso. Vamos citar alguns exemplos abaixo, veja só.
A atividade não é indicada para pessoas com problemas de saúde, nem para que pese mais do que 130 quilos e nem para quem calça mais do que 43. Logo, o agendamento está sujeito a alteração devido Ás condições climáticas e não se deve ingerir alcoólicos antes da prática.