Já notou que tem muitos jogadores e ex-jogadores comprando clubes de futebol inteiros? No entanto, essa não é uma realidade que acontece apenas hoje em dia. Afinal, é uma prática que vem desde o início dos anos 2000 e a compra não é feita apenas por jogadores.
A gente fez um conteúdo muito legal e curioso para lembrarmos os maiores clubes que já foram vendidos, até mesmo dentro da Europa. Na maioria das vezes, a transação deu certo e o clube passou a vencer campeonatos. Em outros casos, o resultado foi um desastre.
Cruzeiro (Brasil)
Ronaldo Fenômeno comprou o Cruzeiro há alguns meses e isso tem dado o que falar. O negócio foi avaliado em R$ 400 milhões. O que pouca gente sabe é que o Ronaldo já tinha comprado um time inteiro antes disso. Em 2014, por exemplo.
Naquele tempo, ele anunciou a compra do Fort Lauderdale Strikers, da segunda divisão dos Estados Unidos. Mas, ele vendeu a participação em 2016 e o clube faliu em 2017. Em 2018, ele comprou o Real Valladolid, da Espanha, da segunda divisão do espanhol no valor de 30 milhões de euros.
Azuriz (Brasil)
Marcelo é um lateral esquerdo da seleção brasileira que também ficou conhecido por comprar clubes de futebol. O mais recente foi a compra do CD Mafra, de Portugal. A aquisição foi através da sua empresa “Doze”. Hoje, o Mafra tem 9 jogadores brasileiros.
O que quase ninguém sabe é que essa ideia começou em 2017, quando ele comprou o Azuriz, do Paraná. O foco é formar jogadores e talentos para o mercado internacional. O clube brasileiro fica em Pato Branco e venceu a segunda divisão do paranaense em 2020.
Hammarby IF (Suécia)
Zlatan Ibrahimovic é um dos atletas de futebol sueco mais populares. Artilheiro, atacante nato e um dos mais incríveis goleadores da Europa. Ele tem participação direta no Hammarby, que é do seu país de origem. Ele administra o clube junto a empresa americana AEG.
O Hammarby é uma agremiação esportiva sediada em Estocolmo, fundad em 1897 e que virou departamento de futebol em 1915. Portanto, são 125 anos de história no esporte. Entre os títulos, um nacional de 2001, a Copa Intertoto da UEFA de 2007 e uma Recopa em 1944.
Phoenix Rising FC (Estados Unidos)
Didier Drogba é ídolo do futebol africano. Ele encerrou a carreira no Phoenix, que está na segunda divisão dos Estados Unidos. Assim, o ex-jogador se tornou um dos proprietários do clube, mostrando a sua empatia e consideração por ele.
Para quem não se lembra desse nome, considere que o Phoenix antes era chamado de Arizona United SC. O nome vem da cidade em que ele fica, Phoenix, no Arizona. O que pouca gente sabe é que é um clube muito jovem, surgido em 2014.
Inter Miami (Estados Unidos)
David Beckham comprou o Inter Miami e todo mundo sabe disso. O motivo é que é uma história recente. O time faz parte da franquia da Major League Soccer. Assim, a estreia foi recente em 2018. O clube tem contratado ótimos talentos do futebol, como Matuidi e Higuain.
O clube é bastante popular, apesar de novo, em terras norte-americanas. Inclusive, possui jogadores de vários países. O atacante português João Moutinho é um dos nomes mais conhecidos, assim como o técnico, o inglês Phil Neville.
FC Andorra (Espanha)
Gerard Piqué é o nome por trás do FC Andorra e você conhece ele. Antes mesmo de encerrar a carreira de jogador de futebol, o zagueiro Piqué, que tem vários investimentos no mundo todo, já havia comprado a sua parte no clube espanhol.
Atualmente, o Andorra (da cidade com o mesmo nome) está na terceira divisão do campeonato espanhol. O surgimento do clube é de 1942. Um dos feitos do clube foi conquistar o título de Primeira Catalã, que é uma 5ª divisão da Espanha, no ano de 2018.
Os clubes de futebol mais caros vendidos
Após saber dessas curiosidades sobre a compra de clubes de futebol por partes de brasileiros e estrangeiros, vamos considerar a leitura das maiores vendas de clubes no mundo todo. A organização foi feita a partir dos anos, sendo dos mais antigos para as datas mais atuais.
E o mais bacana disso tudo é que viajamos ao redor do mundo todo. No entanto, fica claro que as negociações estão sempre girando em torno da Europa, que é onde estão os campeonatos de futebol mais disputados do mundo.
Shaktar Donetsk (Ucrânia)
Esse é um dos casos mais antigos do futebol internacional, mas um dos mais importantes porque tem um valor estratosférico para a transação. Rinat Akhmetov é considerado o maior bilionário da Ucrânia e ele comprou o clube do Shaktar em 1996.
Na época, muita gente falou em 140 milhões de libras, que é valor mais aceito hoje. O fato é que o resultado foi positivo, já que o clube venceu vários campeonatos ucranianos e passou a ser um time frequente na Liga dos Campeões. Chegou a vencer a Liga Europa em 2008/2009.
Chelsea (Inglaterra)
O Blues é um dos melhores exemplos de clubes da principal divisão do campeonato inglês que foi vendido e teve resultados positivos. Para quem não se lembra, ele foi comprado em 2003 pelo magnata russo Roman Abramovich.
O valor foi de 140 milhões de libras. A partir do ano seguinte, o clube inglês conseguiu o campeonato nacional, sendo o primeiro desde 1995. A partir daí se somaram mais os títulos da Premier League e a inédita Liga dos Campeões, que aconteceu na temporada de 2011 e 2012.
Manchester City (Inglaterra)
Agora os Citizens, também da Inglaterra, que foi vendido 5 anos depois do caso do Chelsea. Em 2008, o bilionário Mansour bin Zayed Al Nahyanl concretizou a compra e tornou o clube um dos principais concorrentes a títulos naquele país e no mundo.
No ano de 2011, por exemplo, eles conquistaram o campeonato inglês, algo que não aconteceu desde 1968. A partir disso também vieram mais títulos da Premier. No entanto, o sonho da Premier League continua. Na época, o valor foi de 266 milhões de libras.
Mônaco (França)
No mesmo ano em que o City voltava a vencer na Premier, em 2011, o magnata russo Dmitry Rybolovlev comprava a maior parte do Mônaco, lá na França. Naquele ano, o clube francês estava voltando para a primeira divisão em uma verdadeira saga.
A partir da reformulação, que aconteceu de modo gradual, o clube se tornou mais eficiente, apostando na revelação de jogadores para o mercado internacional. O caso mais incrível foi do Mbappé, que todo mundo conhece bem. O valor exato ninguém sabe, mas estima-se 6,5 bilhões de dólares.
PSG (França)
No mesmo ano que o Mônaco foi vendido, o PSG passou pela mesma situação. Só que essa foi uma história bem diferente, especialmente pela relevância dos clubes dentro do mercado. O PSG foi vendido para Nasser Al-Khelaifi em 2011. O valor não foi divulgado.
No entanto, a compra teve um motivo: o investimento pesado que seria feito em jogadores-talento. É aí que entram o Neymar Jr. o David Beckham, o Cavani, o Mbappé, o Di Maria, entre outros. Obviamente, com isso, vieram os títulos.
Valência (Espanha)
Mais um dos clubes grandes que foi vendido/comprado é o Valência, da Espanha. O fato aconteceu em 2014 e a assinatura é do empresário Peter Lim. Nesse ano, o clube estava em uma situação muito delicada, com muitas dívidas, que passavam de 500 milhões de libras.
Com a injeção financeira do empresário, o clube espanhol conseguiu respirar melhor e passou a ter um certo lucro com a venda de jogadores. No entanto, o Valência não se tornou um clube dos mais potentes, apesar de não ter sido rebaixado por conta das dívidas.
Internazionale (Itália)
Um dos casos mais recentes do futebol vem da Itália, dos Nerazzurri. Assim, o chinês Zhang Jindong foi quem assinou o contrato de compra em 2016. E vale lembrar que isso veio logo após o Inter de Milão passar por uma crise bem grande, muitos anos sem vencer títulos.
Com a venda e os novos investimentos, o clube melhorou, mas ainda segue sem ter o mesmo sucesso de antes. A venda da Inter foi por 270 milhões de euros, algo muito valioso naquela época e que chamou a atenção do Planeta.
Milan (Itália)
Outro caso vem da Itália, só que é bem diferente. Isso porque essa foi uma das maiores vendas de clubes da série A, porém, com um resultado bem aquém do esperado. Os Rossoneri viram Silvio Berlusconi sair do comando e o barco afundar de vez.
A venda aconteceu em 2017 para o chinês Ly Yonghong. O empresário fez vários empréstimos para contratar jogadores e afundou o clube italiano em dívidas. Assim, com a crise financeira instaurada, considere que o Milan ficou longe de títulos.
Mais recentemente, o fundo americano Elliott Management assumiu as dívidas do Milan e passou a controlar ele. Aos poucos, parece que eles estão voltando aos trilhos do futebol mundial, mas longe de serem uma das potências da atualidade.
A tendência do modelo clube-empresa
Nos últimos anos, no Brasil, muito tem se falado sobre a ideia de clube-empresa, conhece? A ideia é ter uma corporação que faça a venda de jogadores e lucrem com isso. Por exemplo, o Cuiabá e o Red Bull Bragantino são nomes conhecidos na Série A do Brasileirão e funcionam nesse formato de negócios.
A ideia é formarem Sociedade Anônima do Futebol, ou seja, SAF. Na prática, esse tipo de clube é uma associação que funciona como uma Sociedade Anônima (SA), só que focada no futebol. O objetivo é que os clubes sejam mais bem administrados e menos endividados. Na Itália existe desde 1981 e em Portugal desde 1996.