Há 25 anos, mais precisamente no dia 1° de maio de 1994, Ayrton Senna, o maior piloto brasileiro de todos os tempos, deixava um rastro de saudade jamais visto na historia do esporte nacional, não sendo superado nem mesmo hoje.
Foi a mais de 200 quilômetros por hora que Senna bateu no muro da Tamburello e tirou a própria vida. Com sua trajetória vencedora, se tornou o maior ídolo brasileiro de todos os tempos, acima até mesmo de Pelé. Ao menos até o momento.
Como resultado desse acidente, varias medidas de segurança foram adotadas. A Fórmula 1 passou vinte anos sem nenhum acidente fatal. Senna não deixou apenas a imagem de um excelente piloto, mas mostrou para o mundo algo jamais visto: caráter, ambição, respeito e comprometimento social.
A rivalidade com Prost
Algumas pessoas lamentam o fato de Senna e Prost terem nascido na mesma época, alegando que os dois teriam ganhado mais títulos se não tivessem sido rivais. Mas não apenas de vitórias vive o esporte. Acima de tudo, vive de histórias espetaculares.
No final dos anos 80, a rivalidade entre eles explodiu. O francês já era bicampeão mundial e o brasileiro buscava o primeiro título. No fim, Senna venceu os campeonatos de 1988, 1990 e 1991, enquanto Prost ficou com o de 1989.
A relação entre os dois piorou de vez quando Senna empurrou Prost em direção à pitwall no GP de Estoril. A partir daquele momento, a disputa entre os dois passou a ser mais interna do que externa. Ambos passaram a trocar xingamentos e a desmerecer um ao outro.
Prost reconhece a importância de Ayrton
Após sua morte, até mesmo seu maior rival acabou reconhecendo sua importância no esporte. A história de ambos não pode ser separada, como Prost disse em entrevista dada. Confira o que foi dito:
“Ayrton e eu tínhamos um vínculo. Sua morte foi o final da minha história com a Fórmula 1. Ninguém pode falar dele sem me mencionar, e ninguém pode se referir a mim sem falar dele”, admitiu Prost há alguns anos.
O maior adversário de Ayrton Senna
O maior adversário de Ayrton Senna era ele mesmo. Em outras palavras, corria para superar suas próprias marcas e não queria fazer a melhor volta, queria fazer o melhor trecho, e quando não conseguia, saia enfurecido do carro.
Certa vez, estava com 50 segundos de vantagem sobre Prost e bateu no muro de Mônaco, desceu do carro e foi embora para seu apartamento. A empregada não o deixou entrar por que ele ainda estava de macacão. A comunidade mundial da Fórmula 1 nunca esqueceu isso.
Nesses tempos de crise econômica e escândalos de corrupção, a lembrança de Ayrton Senna se torna ainda mais forte. Acima de tudo, sua motivação e fé deixaram um legado que a cada ano completado da sua morte, renova as esperanças de um país mais justo e correto.