Rayssa Leal é uma menina brasileira de 13 anos que começou no Skate desde cedo. Na primeira edição do Skate nos Jogos Olímpicos, que foi em 2021 (Jogos de Tóquio de 2020), ela ficou com a medalha de prata entre tantas competidoras mais velhas. Conheça a história.
Ah, “fadinha do skate” é o apelido que ela ganhou logo que começou a praticar o esporte. Isso porque vestia uma fantasia de fadinha, na cor azul, o que chamava a atenção e se tornou o apelido da jovem medalhista olímpica.
Como é a prova street do skate nos Jogos
De forma resumida, considere que os participantes possuem sessões de 45 segundos para andar pela pista e fazer manobras como quiserem. Depois, eles fazem 5 tentativas de uma única manobra. Tudo é avaliado pelos juízes, sendo que as 3 piores notas são eliminadas.
Aí, a soma da pontuação final vai para um ranking. As melhores colocadas chegam a final. E para se ter uma ideia da emoção que isso causa, saiba que a japonesa que ficou com o ouro (Momiji Nishiya) caiu nas duas primeiras manobras únicas.
Mas acertou as três últimas. Ela ficou com 15,26 na soma final e a outra japonesa, de 16 anos, a Funa Nakayama, somou 14,49 e ficou com o bronze. Já a brasileira medalha de prata somou 14,64 pontos no final.
Como a Rayssa Leal chegou lá
O processo dela no esporte foi bem rápido, ainda que ela tenha começado cedo. Aos 11 anos, ela foi campeão brasileira de skate e se tornou a mais jovem ao vencer uma etapa do circuito mundial. Foi vice do mundo em 2019.
Assim, foi para as Olimpíadas com bastante entusiasmo e o que mais impressionou o público é que ela manteve a sua alegria na competição. Enquanto outras competidoras se mostravam mais nervosas e até mesmo mais pressionadas.
E vale lembrar que outras competidoras brasileiras, que estavam na frente da Rayssa no ranking mundial, acabaram não tendo bons resultados. É o caso de Pâmela Rosa e Leticia Bufoni, que venceram muitos outros campeonatos do Skate no Brasil e no mundo.
Como tudo começou na vida da Rayssa
A atleta brasileira do skate nasceu e mora em Imperatriz, no Maranhão. Ela alterna a vida esportiva com os estudos escolares. Começou a treinar aos 6 anos de idade após ganhar um skate de aniversário do pai, Harodo.
A carreira dela começou quando ela ganhou atenção na internet através de um vídeo que aparece pulando em uma escada de Heelflip fantasiada de fada. A mãe filmou isso quando ela tinha apenas 6 anos, em setembro de 2015.
Curiosamente, a mãe enviou ao Tony Hawk, que é considerado o skatista mais famoso do mundo. No outro dia, o americano repostou o vídeo no Twitter a partir disso ela viu que realmente tinha jeito para o esporte, afinal, o maior do mundo havia notado.
A fadinha do skate no cenário nacional
Após o Tony Hawk publicar o vídeo dela com a frase de: “Eu não sei nada sobre isso. Mas, é incrível. Um heelflip no estilo de conto de fadas no Brasil”, a Rayssa começou a pensar na profissionalização. Para isso entrou em eventos esportivos do skate.
Como no Street League Skateboarding Championship, de Londres, em 2019. Lá ela ficou em 3º lugar com 26 pontos. Isso a deixou acima de Alexis Sablone, Letícia Bufoni e outras skatistas que ela mesmo admirava.
Mais tarde, na mesma competição, só que em Los Angeles, ela liderou o pódio. E ainda ficou com um quarto lugar no X Games. Com isso, ela soma os principais títulos: prata em Tóquio em 2021, prata no Mundial de São Paulo em 2019 e Bronze no Mundial de Roma em 2021.
Até a roupa da fadinha se tornou objeto de estudo
Deixando um pouco para trás o “uniforme” de fadinha, considere que na hora de vencer a prata ela estava com uma roupa da Nike, a sua patrocinadora e chamou a atenção de muita gente. Com isso, a própria Nike começou a falar sobre as peças, além de especialistas.
Logo, o tênis usado por ela é um modelo SB Shane T, que não está a venda no Brasil. Mas, há um tênis do skatista Stefan Janoski, que é parecido. E foi a própria Nike que disse isso. Além do mais, a camiseta e a calça também não estão disponíveis no Brasil.
No pódio, a Rayssa estava com um blusão da Peak, que é a patrocinadora dos Jogos Olímpicos. Com a aparição dela na competição, o número de seguidores dobrou e a Nike ficou contente com isso, que lançou um filme publicitário feito com ela.
O vídeo da Nike
O vídeo tem pouco mais de 1 minuto e 30 segundos e se chama “Novas Fadas”. Ele traz uma mistura de imagens reais com computação gráfica, onde coloca asas nas costas da atleta. Além disso, há pássaros e esquilos feitos com a computação tecnológica. Confira só:
Já as cenas reais foram gravadas em ruas, no meio de pessoas, com manobras que encantam. Após a prata da atleta, esse se transformou em um dos vídeos mais vistos dos últimos dias no Youtube no Brasil. A Nike ainda mostra, no fim, o vídeo dela original, que fez sucesso.
O que ninguém sabe sobre Rayssa Leal
E apesar de tanta informação importante, tem muita coisa que a maioria das pessoas não sabem sobre a fadinha do skate. Nós falaremos de algumas delas. Por exemplo, o que será que ela faz nas horas vagas? Além do estudo e do treino, ela gosta de ver séries na TV e ler livros.
Entre as indicações da menina, nós temos: “Sweeth Tooth” e “Harry Potter”. Outra coisa bacana é que quando ela ganhou o skate, aos 6 anos, ela teve problemas porque ele era grande demais para ela. Ela criou uma hashtag para mostrar os bastidores de Tóquio (#FadinhaemTokyo). O Tony Hawk, que sempre foi a inspiração para ela, hoje é um fã.
Em Tóquio, as câmeras mostraram várias cenas dele filmando a garota. Na página dele, aliás, há stories com os treinos e a competição da menina brasileira de sucesso no skate. Ela faz ações sociais anualmente com a mãe, o pai e familiares. Portanto, essa é uma prova de que fadas realmente existem.
Como saber mais sobre a Rayssa
Se você gostou da medalha e da história da Rayssa Leal, considere que ela tem uma página na rede social, no Instagram, onde posta e publica diversas imagens sobre a sua vida. Seja durante o voo para a casa ou na hora de comemorar a medalha de prata.
Por essa página, que une o assunto pessoal com a vida profissional dela, você poderá ver e conhecer muito mais da atleta. Atualmente, ela tem mais de 370 publicações, sendo que são mais de 6 milhões de seguidores e fora o monte de stories diários.
Uma das imagens mais incríveis que ela postou foi com a medalha de prata no peito, quando recebeu lá em Tóquio e isso garantiu a ela 4 milhões de visualizações e mais de 120 mil comentários. E tem vídeos dela quando começou também, bem novinha. Vale a pena ver.
Não pense que ela é a única
Se você assistiu aos Jogos Olímpicos, quando a fadinha do skate ganhou a prata, também deve ter notado que a skatista medalha de ouro era bem jovem, certo? Na verdade, ela tem a mesma idade da Rayssa, sendo que com 13 anos já conquistou o ouro na competição.
Momiji Nishiya já havia sido medalhista de prata no X Games de 2019 na categoria street, a mesma que ela venceu nos Jogos de Tóquio. E também ficou com a prata no Mundial de Skate de 2021. Assim, se torna uma das mais jovens medalhistas do mundo em todos os esportes.
Não pense que ela é a mais jovem da história
Isso porque até os dias de hoje, a americana Marjorie Gestring é considerada a mais jovem ao ganhar uma medalha nos Jogos Olímpicos. Isso porque ela tinha 13 anos (e apenas 267 dias) quando conseguiu venceu em Berlim, no ano de 1936.
Ela ganhou provas de Trampolim, onde os atletas pulam de certa altura e mergulham em uma piscina, sendo que as acrobacias que acontecem no meio disso é o que mais importa. Ainda em Tóquio, havia uma mais jovem, do tênis de mesa e da Síria, Hend Zaza, que foi eliminada.
A fadinha do skate ainda sem marca registrada
A última parte do texto talvez seja a menos legal. Saiba que apesar dela ser conhecida mundialmente como fadinha do skate, uma empresa de odontologia do Maranhão pediu o direito da marca e o registro no INPI e conseguiu a autorização.
Após isso, a Rayssa entrou com pedido de cancelamento. No entanto, a opinião se divide no país. Alguns advogados defendem que essa é a marca dela e já faz muito tempo. Outros dizem que ela precisaria ter produto ou serviço para patentear o nome. O jeito é aguardar.