O ano era o de 2005 e russa Maria Sharapova conseguiu o que todo jogador de tênis deseja: chegar ao topo do ranking. Ela foi a número 1, conforme a divulgação de 22 de agosto daquele ano. E chegou a ganhar uma prata em Jogos Olímpicos, além de ter 36 WTA na carreira toda.
São números que impressionam. Além disso, no ano de 2010, ela chegou a ser reconhecida como a esportista mais bem paga do mundo, quando renovou o contrato com a marca Nike, em um valor impressionante para a época: US$ 70 milhões.
O início da carreira de Maria Sharapova
No entanto, o fim dessa história pode estar bem distante do que seria um conto de fadas. Só que para entender como se chega até ela, você tem que conhecer mais da carreira, dos títulos, dos prêmios e também dessa aposentadoria melancólica da jogadora, aos 32 anos.
E vamos começar contando sobre o início dela no esporte. Conforme relatos da família, ela mudou-se para Sochi e começou a jogar tênis com 4 anos. Aos 6, ela entrou no clube de tênis de Moscou e Martina Navratilová convenceu os pais a investir na futura jogadora.
Pulando para 2004, a gente tem uma menina que se torna a segunda mais jovem tenista a ganhar o título de Wimbledon, depois de Martina Hingis. E, tem uma curiosidade: ela venceu ninguém menos do que Serena Willians. Foi a primeira russa e vencer o torneio.
Os anos seguinte após a entrada dela no esporte
Após vencer Wimbledon, Sharapova se tornou conhecida e, por isso, muito visada pelas adversárias também. Ainda assim, chegou em 2004 com um cartel de 22 vitórias seguidas na grama. Só que perdeu em Wimbledon, nas semifinais de 2005.
Só que o sucesso voltou em seguida, com performances sólidas e títulos. Além disso, ela também ganhava fama fora das quadras, pela sua beleza. Em 2005, inclusive, chegou a ser citada pela People Magazine como uma das 50 mulheres mais lindas do mundo.
No mesmo ano, de 2005, ela foi citada pela revista Forbes como a esportista mais bem paga da história. Sendo que além do salário de jogadora de tênis, ela também tinha bons rendimentos com patrocínios e o trabalho de modelo.
A número 1 do ranking feminino no tênis
Aqui vale o tópico para falar sobre a curiosidade de como ela chegou nessa posição. Ao perder para Venus Williams, na semifinal de Wimbledon, ela também ficou longe de ser a número 1 do ranking. Porém, Lindsay Davenport teve uma fratura nas costas.
Isso fez Lindsay, que era finalista do torneio, dar chance a Sharapova, que defendeu seus pontos na temporada e conseguiu chegar ao topo do pódio mesmo que também teve algumas lesões no meio do caminho. Em chegou ao 1º lugar em agosto de 2005.
Mas, esse reinado durou pouco. Sendo que alguns dias após isso, com Davenport voltando às quadras e vencendo o título de New Haven, ela assumiu a posição mais famosa do ranking. Em setembro, Sharapova voltou a ser a número 1 também.
As importantes derrotas de Sharapova
Também é importante a gente considerar que apesar de jogar muito bem e chegar a ser a número 1 do ranking, Sharapova não era imbatível. Durante o US Open de 2005 ela chegou a somar 4 derrotas em jogos importantes.
Assim, foi uma derrota para Kim Clijsters. Antes para Serena Willians na semifinal do Open Austrália. E também nas quartas de final para Justine Henin-Hardenne, durante o Roland Garros. E outra para Venus Williams, na semifinal de Wimbledon.
Após esse movimentado ano de 2005, entre a número 1 do ranking e derrotas importantes, ela se recuperou de uma lesão no ombro e começou 2006 bem. Entre vitórias e derrotas, ela chegou a superar a casa dos US$ 5 milhões também.
As principais premiações de Maria Sharapova
Antes de a gente falar dos títulos dela é legal considerar que ela também acumula prêmios na carreira que não dizem apenas sobre vitórias em duelos. Por exemplo, em 2003 ela venceu o WTA de Novata do Ano. No ano seguinte, foi considerada a Jogadora do Ano.
No mesmo ano, de 2004, também foi a Jogadora que mais Evoluiu e a Player Service. Em 2005, ganhou o ESPY de Melhor Tenista Feminina e ela tem ESPY em 2007, 2008 e 2012 também. Já a Federação Russa deu a ela um título honorário de Mestre dos Esportes em 2005.
Em 2008, ela somou uma série de premiações, como a jogadora favorita dos fãs e a humanitária do ano, ambos pela WTA. Também foi considerada a jogadora mais bem vestida dentro de quadras e fora das quadras. E a atleta feminina mais bonita conforme a ESPN.
Os principais títulos de Maria Sharapova
Entre a sua profissionalização em 2001 e a aposentadoria em 2020, Sharapova teve vários títulos importantes. Então, vamos dar um salto na história para falar de alguns deles agora mesmo. Sendo que ao todo ela conseguiu uma carreira de 647 vitórias e 169 derrotas.
Foram 36 WTA, 4 ITF, 1 US Open Austrália, 2 Roland Garros, 1 Wimbledon e 1 US Open. Ela também venceu um WTA Championship e um Jogos Olímpicos, sendo prata também em duplas em 2012. Em duplas, aliás, tem 3 WTA.
Assim, considerando todos esses anos e títulos, a gente vai ver que ela venceu mais em 2003 e 2004, além de ter títulos em 2006, 2008, 2012 e 2014 também. Aliás, venceu o WTA de Brisbane de 2015 também. Porém, a partir de 2016, a vida profissional dela mudou.
Os jogos históricos de Maria Sharapova
No próximo tópico vamos comentar sobre a decadência da jogadora de tênis. Porém, antes disso, vamos citar os jogos históricos dela e você vai ver que eles seguem uma linha que vai de 2003 até 2012, somente. Já que após isso, o brilho da jogadora foi se apagando aos poucos.
Em 2003, o jogo histórico foi contra Elena Demetieva, onde ela passou a ser mais observada. No ano seguinte, derrotou Lindsay Davenport na semifinal de Wimbledon. No mesmo ano, jogou contra Serena Williams, na final e venceu. E jogou de novo no WTA Tour Championship.
Em 2005, teve jogos contra a Serena Willians, Lindsay Davenport e Venus Williams. Em 2006, contra Mashona Washington, Dinara Safina, Amélie Mauresmo e Justine Henin-Hardene. Em 2007: Serena Williams, Justine Henin e em 2008, Ana Ivanovic e Dinara Safina. Em 2012, contra Sara Errani.
A decadência da carreira de Maria Sharapova
Em 2016 ela foi pega em um exame antidoping porque tomava um remédio que passou a ser proibido justamente nesse ano – meldonium. Ela ficou suspensa por dois anos, mas conseguiu diminuir a pena para 15 meses. Em 2017 voltou às quadras.
No entanto, nesse ano ela foi convidada para participar da WTA de Stuttgart, mesmo sem ranking para isso, o que causou muita polêmica na época. Já em 2018, ela perdeu 11 partidas e venceu 20. Só conseguiu chegar às semifinais, como da Premier Internacional de Shenzhen.
Logo, 2018 foi considerado o segundo ano que ela não ganhou nada, nem mesmo um título da WTA. Já em 2019, os problemas físicos começaram a aparecer e atrapalhar a tenista russa. Ela chegou a desistir do Torneio de São Petersburgo, além dos WTAs de Madri, Roma, etc.
O histórico de lesões de Maria Sharapova
A primeira lesão que se tem notícia da ex-tenista foi em 2007, no ombro direito. Ela ficou 2 meses fora de quadras. Em 2008, lesionou o ombro direito de novo, além de ter feito a sua primeira cirurgia. Assim, foram 9 meses fora. E em 2010 foi o cotovelo direito, mais 2 meses.
Em 2015, ela problemas no braço direito. Em 2013, no ombro direito de novo. Em 2011 no tornozelo esquerdo. Já em 2017 foi a coxa direita e também o braço esquerdo. Em 2018, o braço esquerdo, seguido do ombro direito. Em 2019, o braço esquerdo de novo.
No mesmo ano, a segunda cirurgia do ombro direito. Também em 2019 voltou a lesionar o ombro direito mesmo após a cirurgia. Assim, ela soma 13 lesões graves entre 2007 e 2019. Logo, isso deu um tempo de afastamento de 38 meses, mais de 3 anos, das quadras.
A aposentadoria de Maria Sharapova
Com esse enredo, somado a cirurgias no ombro e desgastes no tendão, ela chegou a dizer que havia lutado muito com as dores. Assim, no ano de 2020, um pouco antes de março, ela anunciou a sua aposentadoria das quadras, aos 32 anos. “Ao dar minha ao tênis, o tênis me deu uma vida”, ela disse.
Portanto, o último jogo dela, de forma oficial, foi na 1ª fase do Australian Open desse mesmo ano, quando perdeu para a croata Donna Vekic. Na internet, mais tarde, ela fez uma carta dizendo adeus, usando frases como a que citamos acima. Além disso, ela contou alguma parte da sua história no esporte e afirmou: “Sentirei falta todos os dias”.