Os saltos ornamentais fazem parte do esporte aquático que tem competições importantes no mundo todo. Entre elas, os Jogos Olímpicos, o Campeonato Mundial, Grand Prix, Copa do Mundo, Jogos Asiáticos, Jogos da Commonwealth, Campeonato Europeu, Pan-Americano.
E o mais legal de tudo é que apesar de ter os países que dominam as competições, os saltos ornamentais têm uma grande variação de saltos nota 10. Isso inclui os competidores americanos, chineses, suecos, alemães, suíços, italianos, australianos, entre outros.
Como acontecem os saltos ornamentais
Antes de começar a falar dos melhores saltos e saltadores, que são lendários, vamos entender que os saltos ornamentais usam plataformas, que são uma espécie de torre de concreto. Em geral, eles possuem trampolins, que ficam a determinada distância da água.
Podem estar em áreas fechadas, cobertas ou não. Geralmente, acontecem em parques aquáticos ou clubes. Há 3 tipos de locais para realizar os saltos. O ponto mais alto permite que o atleta caminhe para saltar, por exemplo.
Uma curiosidade é que os saltadores usam apenas sungas e maiôs, já que óculos de proteção ou outros acessórios podem causar lesões devido a velocidade da queda. A piscina tem 5 metros de profundidade. E a altura das plataformas variam de 3 a 10 metros, atualmente.
9 – Jogos de Saint Louis de 1904 – George Sheldon (Estados Unidos)
Com certeza, esse foi o primeiro salto ornamental de ouro que a humanidade viu. Isso porque estamos falando dos primeiros jogos olímpicos. Na ocasião, existiam os saltos em plataforma e os saltos por mergulho, ambos em fases únicas e com poucos participantes.
No caso da plataforma, apenas Estados Unidos e Alemanha disputavam as melhores posições. E quem venceu foi o norte-americano George Sheldon, com um placar de 12.66 pontos, o que dá 1 ponto a mais do que o alemão Georg Hoffmann.
Por curiosidade, saiba que nessa primeira edição poucos esportes faziam parte dos Jogos, sendo atletismo, boxe, cabo de guerra, ciclismo, esgrima, futebol, ginástica, golfe, halterofilismo, lacrosse, lutas, natação, polo aquático, remo, roque, tiros, tênis e salto.
8 – Jogos de Helsinque em 1952 – Samuel Lee (Estados Unidos)
Em 1952 outro norte-americano fez história das Olimpíadas. Samuel Lee já havia vencido a competição de 1948 na plataforma de metros. E voltou a brilhar na edição seguinte. Ele tem formação na Occidental College e entrou para a escola de medicina.
Aos 22 anos conseguiu medalhas e começou a competir de forma profissional. Uma curiosidade é que após a aposentadoria, ele se especializou em doenças do ouvido, se tornando treinador e medalhista de novo, agora no novo cargo, com o Bob Webster.
O Samuel teve uma nota total de 156,28 pontos, sendo que o segundo colocado, o mexicano Joaquín Capilla, ficou com 145,21 pontos.
7 – Jogos de Melbourne em 1956 – Joaquín Capilla (México)
A história do mexicano Joaquín merece é uma espécie de salto para o sucesso. Isso porque nos Jogos de 1948, em Londres, ele ficou com o bronze. Já em Helsinque, na edição seguinte, ele conseguiu a prata, sendo que nesses anos Samuel Lee, um norte-americano, venceu ambas.
Só que em 1956, Joaquín teve o seu momento de glória também. Ele deixou para trás dois norte-americanos, Gary Tobian e Richard Connor em um dos eventos mais disputados da história dos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos.
Na plataforma de 10 metros, ele conseguiu somar um total de 152,44 pontos. E sabe quantos pontos o Gary fez? 152,41 pontos. Ou seja, pouquíssima diferença. Sendo essa uma história inacreditável. Ou melhor, incrível, de merecimento, de esforço. Palmas para o Joaquín.
6 – Jogos de Munique de 1972 – Klaus Dibiasi (Itália)
O Klaus é um dos competidores mais lendários dos saltos ornamentais masculino. Ele venceu 3 vezes a competição, sendo entre 1968 e 1976 e tem 4 medalhas no total. Mas, o ano de 1972 foi bastante especial para o italiano.
Tanto é que no quadro final de pontos, ele somou 338,25 sendo uma diferença gritante para o segundo colocado, que foi um americano, que somou 302,16 pontos. Isso tudo na fase preliminar. Já na final, o italiano conseguiu acumular o total de 504,12 pontos.
Para quem não conhece esse nome, considere que Klaus fazia saltos pela plataforma de 10 metros. Até hoje ele é considerado o primeiro saltador ornamental a acumular 4 conquistas olímpicas. Também venceu no trampolim em 1974 e tem 18 títulos nacionais na conta.
5 – Jogos de Seul de 1988 – Greg Louganis (Estados Unidos)
Esse é considerado o melhor e maior atleta dos saltos ornamentais da história. Nós podemos comprovar isso: são 4 ouros olímpicos, mais 5 ouros em Campeonatos Mundiais e outros 6 ouros em Pan-Americanos. Aliás, eel tem mais 2 ouros em Universíada.
A Universíada é uma espécie de Olimpíadas de estudantes. Fora isso, ele não tem outras medalhas, nem de prata e nem de bronze. E a história começa em 1983 e vai até 1988. Por isso, escolhemos o salto de Seul para contar história aqui.
Naquela edição, que foi a última que ele participou, ele conseguiu somar 730,80 pontos no trampolim de 3 metros. Fora isso, também teve uma pontuação incrível na plataforma de 10 metros, com 638,61 pontos. E assim venceu ambas as categorias.
4 – Jogos de Sydney de 2000 – Vera Ilynia e Yuliya Pakhalina (Rússia)
Aqui, vamos falar uma curiosidade logo de cara. Até hoje, desde 2000, quando os jogos olímpicos passaram a ter a categoria de 3 metros sincronizados, a China domina a parte mais alta do pódio. No entanto, em 2000, essa história foi diferente.
E isso teve um motivo para acontecer: as russas fizeram um salto ornamental incrível. Elas deixaram as chinesas na segunda posição daquele ano. Na edição, seguinte, em 2004, Vera voltou a ficar no pódio, só que agora na segunda posição.
O fato é que em 2000 elas conseguiram um total de 332.64 pontos. Isso foi 1.104 pontos a mais do que as chinesas. E de toda a sequência, o último salto que chegou a 75,33 pontos foi o mais incrível de todos, o que só consagrou as garotas russas.
3 – Jogos de Pequim de 2008 – He Chong (China)
Disputando em casa, He Chong venceu o ouro nos Jogos de Pequim no trampolim de 3 metros. Ainda que seja um salto mais curto, ele fez história e uma dobradinha com o conterrâneo Qin Kai, que ficou na 3ª posição.
Fora esse salto, que foi histórico ele também teve outros, que o levou à novos títulos. Em Campeonatos Mundiais, ele venceu em 2005, 2009 e 2011. Já em Jogos Asiáticos, ele ficou com o ouro em 2006 e 2010, sendo que em 2006 venceu no sincronizado também.
Em Pequim, ele teve uma primeira nota incrível, com 85,25 pontos. Depois, caiu. Só que nas últimas 3 tentativas, ele se tornou um verdadeiro astro dos saltos. Olha as pontuações dele a partir do 4º salto: 96,90, 91,80 e 98,80. Tudo deu uma soma de 515,50 pontos.
2 – Jogos de Londres de 2012 – Chen Roulin (China)
É muito difícil encontrar um salto lindo da Chen porque todos são muito bem feitos. Tanto é que ela foi a vencedora das Olimpíadas de Pequim, em 2008 e de Londres, em 2012. Isso na plataforma mais alta, de 10 metros, no individual.
Mas, optamos por citar aqui o salto de Londres porque ele é especial mesmo. Foi nesse ano que ela venceu o sincronizado dos 10 metros também. E depois disso ainda viria a vencer os jogos do Rio em 2016. Além de Mundiais e Asiáticos, em 2013, 2015 e 2014.
Na etapa final, ela conseguiu notas altas, como 85,50 e 86,40, sendo os mais altos daquela edição. No fim, a primeira posição veio com uma somatória de 422,30 pontos, o que deu uma diferença de 6 pontos para a australiana, Brittany Broben, que ficou com a prata.
1 – Jogos do Rio de 2016 – Wu Minxia e Shi Tingmao (China)
Na contagem final de pontos, elas conseguiram uma soma de 345,60. Ou seja, isso dá 31,77 pontos a mais do que as segundas colocadas, que eram italianas (Tania Cagnotto e Francesca Dallape). E uma diferença ainda maior das terceiras, que eram australianas.
O fato é que o salto foi tão bem elaborado que não mostrou, na hora, a importância histórica dele. Isso porque Wu Minxia se tornaria a medalhista de ouro da China mais importante do salto ornamental. O motivo é que ela entrou para o livro dos recordes olímpicos.
Assim, passou lendas como Greg Louganis e Guo Jingjing ao se tornar a primeira pessoa com 5 medalhas de ouro no mergulho. A última vitória aconteceu no trampolim sincronizado feminino de 3 metros, que foi uma espécie de abertura dos Jogos daquele ano.
As pontuações dos saltos
É importante saber que durante vários anos de competição e tipos de campeonatos, as pontuações podem variar muito. Mas, atualmente, existem algumas regras que foram criadas para tentar igualar a condição de cada competidor, seja no individual ou no sincronizado.
De todo modo, considere que as notas consideram a aproximação, a partida, a elevação, a execução e a entrada na água. Assim, de um modo mais geral, saiba que um 0 seria considerado um completo fracasso e o 10 é um salto perfeito.