O que é o exame antidoping e como ele funciona

Na forma mais teórica, os especialistas falam em exame toxicológico para atletas. Mas, no vocabulário mais popular, a gente conhece como exame antidoping ou teste antidoping. Apesar de ser uma expressão comum entre esportistas, você sabe o que ela significa?

Estamos falando sobre uma avaliação que visa descobrir se o atleta, de qualquer modalidade, fez o uso recente de substâncias proibidas para competir em suas provas ou jogos. Obviamente, essas substâncias são ilícitas porque pode dar a ele alguma vantagem.

O que é o exame antidoping e como ele funciona
Foto: (reprodução/internet)

O que é antidoping

O nome parece estranho para muita gente, só que quando a gente avalia ele na íntegra, fica bem fácil entender. Isso porque doping nada mais é do que o uso de substâncias que impactam o desempenho do esportista.

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O problema é que isso não é bem-visto do ponto de vista da saúde e da competitividade do esporte. Por isso, considerando as possíveis desigualdades que podem causar, algumas agências optaram por proibir o uso de tais substâncias. Daí vem o exame antidoping.

Aliás, é a Agência Mundial Antidoping, a WADA, que hoje fica por trás da classificação dos exames, da realização deles e de todos os resultados.

A importância do exame antidoping

Desde a criação, esse tipo de exame existe para que haja um melhor controle das condições reais dos atletas. O foco é que eles tenham as mesmas condições para disputar uma luta, um jogo, uma partida, um campeonato. Ou seja, sem vantagens a partir dessas “drogas”.

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Ao passo que isso garante uma melhor integridade do esporte e, especialmente, em eventos internacionais, onde várias seleções e competidores participam de um mesmo torneio. Em resumo, estamos falando sobre uma forma saudável de competir, sem trapaças.

E desde 2018 os atletas podem e devem fornecer a amostra de urina além da amostra de sangue, sendo que no caso do sangue o objetivo é saber se houve a ingestão de hormônios de crescimento. Esses exames podem acontecer em vários laboratórios e a qualquer hora.

O exame antidoping para atletas menores de idade

Aqui vale mencionar uma curiosidade: se o atleta for menor de idade, ou seja, tiver menos do que 18 anos, ele deve ser acompanhado por um adulto responsável, que pode ser um treinador, por exemplo.

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Mas, se há notificação sobre o uso de substâncias ilegais, o comunicado vai também para os pais e responsáveis legais pelos jovens. Aconselha-se, portanto, que além dos pais, o atleta menor de idade tenha mais um ou dois procuradores que os represente. 

Quando é preciso fazer o exame antidoping

Todo profissional pode estar sujeito ao exame, sendo que cada comissão, organização e clube possuem os seus responsáveis pela comunicação e produção desse tipo de teste. Assim, é mais comum que o exame seja feito quando um atleta é contratado ou em competições.

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Por exemplo, algumas modalidades dos jogos olímpicos exigem esse tipo de exame antes de a competição começar, assim como as lutas do UFC. Para cada caso, o objetivo pode mudar, porém, sempre auxilia na prevenção de riscos comprovados ou de trapaças. 

Lembrando que atualmente muito se fala em substâncias que mascaram o uso desses elementos proibidos. Obviamente, se essas substâncias são descobertas, os atletas também são punidos, notificados e podem até ser suspensos de suas modalidades esportivas. 

Como é feito o exame antidoping

Se você nunca fez, mas quer saber como é esse tipo de exame, considere que tudo acontece através de uma análise. Essa análise pode ser feita antes ou após as competições. E parte da coleta de urina e de sangue – é mais comum que aconteça somente da urina.

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Atualmente, a classificação pode ser dividida em 4 resultados. Ou melhor, 4 tipos de elementos ilícitos que podem ser pegos no exame de urina, sendo: estimulantes do sistema nervoso, diuréticos, calmantes e drogas injetáveis. 

Após a coleta, o material vai para a prova e a contraprova. Ou seja, ele é dividido em duas partes para ter a certeza de que há elementos proibidos ali, com base na prescrição que vem da WADA. As contraprovas são usadas apenas se o atleta recorrer a infração. 

As categorias das substâncias proibidas

Acima, explicados que existem ao menos 4 resultados negativos nesse tipo de exame, certo? Aqui vamos falar, brevemente, de alguns deles. Os estimulantes, por exemplo, diminuem a fadiga do atleta e isso faz com que ele esteja mais tempo em estado de alerta. 

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Depois, os diuréticos, que promovem a perda de peso mais rapidamente e disfarça o uso de outras substâncias ilícitas. Já os hormônios, como o de crescimento, promovem o ganho de massa e diminui o tempo de recuperação de lesões. Algo parecido com anabolizantes. 

Temos ainda os betabloqueadores, que são proibidos em alguns esportes específicos, como os de precisão (arco e flecha, golfe e tiro ao alvo). Isso porque diminuem a pulsação da pressão arterial. E os narcótico-analgésicos diminuem a sensação de dor dos atletas. 

Quais são as infrações para quem é pego no antidoping

Se o atleta é pego no exame antidoping, ou seja, se os exames avaliam que ele tinha no organismo um dos elementos ilícitos, então, há uma classificação de punições. Assim, ele pode ser eliminado das competições ou pode ser julgado por um comitê que vai avaliar o caso.

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Curiosamente, saiba que algumas substâncias proibidas podem ser prescritas por médios por conta do estado de saúde do médico. E isso pode causar um grande problema. No entanto, se há provas de que o uso não foi para ter vantagens nas provas, o jogador pode ser absolvido.

É por isso que muito além das inflações, considere que cada caso deve ser avaliado de uma forma isolada e individual. Lembrando sempre que o objetivo desse tipo de exame é manter a competição mais justa, certo? 

O suplemento é um tipo de substância ilegal?

Essa tem sido uma grande preocupação dos atletas, afinal, uma boa parte deles faz o uso de tais alimentos e produtos. Sem contar que em boa parte dos países, as rotulagens dos suplementos estão incorretas, sem seguir regras rígidas e isso pode sim ser problema. 

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Ou seja, o atleta pode ser pego no exame antidoping já que o suplemento que ele toma não declara a substância proibida que contém como composto. Logo, nesse caso, o uso de suplementos não é proibido, mas isso exige um cuidado muito grande do atleta.

Portanto, muito para além de comprar um suplemento e começar a tomar para melhorar a performance no treino ou na competição é importante buscar ajuda profissional de especialista em saúde para saber sobre o produto que você vai ingerir.

O exame antidoping no futebol

Com as recentes notícias de que jogadores de futebol foram pegos no exame antidoping, a gente optou por citar aqui alguns deles desse tipo de análise dentro desse esporte. Saiba que, de um modo geral, o teste é feito durante os campeonatos.

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Assim, escolhe-se, aleatoriamente, 2 atletas de cada time para fazer o teste. Essa seleção de jogadores depende das agências de cada país, sendo que até mesmo o número de jogadores selecionados pode mudar. Eles são convidados a irem para o centro de controle de dopagem. 

Agora, independente da região, os exames são enviados para um laboratório credenciado pela WADA, sendo que um exame é usado para a investigação e outro fica congelado. Os primeiros critérios avaliados são pH e densidade da urina.

Os principais casos de “positivo” no esporte

É legal a gente comentar aqui alguns casos não para julgar o atleta, mas para mostrar que nem sempre eles se dão conta que aquelas substâncias podem ser vantajosas para eles. Em outros casos, eles realmente fizeram o uso proposital, o que é uma ação injusta.

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Lance Armstrong é um ciclista norte-americano que venceu 7 vezes seguidas a Volta da França, considerada a mais difícil do mundo. Ele foi pego por usar o EPO, um hormônio que atua no sangue. Além da testosterona e cortisona. Por isso, ele perdeu alguns títulos de 1998.

Marion Jones foi a primeira mulher a conquistar 5 medalhas em uma mesma olimpíada. A norte-americana, porém, usou anabolizantes, como THG, e perdeu as medalhas, sendo suspensa por 2 anos das competições. Sem falar de Maradona, que usou cocaína e efedrina.

O caso de Maradona

Vale lembrar que o caso de Diego Maradona, o jogador de futebol argentino mais famoso do seu país, foi bastante polêmico pelo esporte, que é o mais popular e por ele ter sido um campeão do mundo com a sua seleção. 

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Em 1991 o exame detectou a presença de cocaína após uma partida contra o Bari. A droga é proibida por ser estimulante e ele pegou 15 meses de suspensão. Mais tarde, na Copa do Mundo de 1994, ele foi pego com efedrina, pelo exame da urina. E foi suspenso por 18 meses.

O exame antidoping sanguíneo e o genético

Falamos um pouco de cada um deles aqui, mas vamos sintetizar agora. O exame antidoping sanguíneo já está sendo usado hoje em dia. Porém, ele ainda não vale para todos os esportes, apenas para os de resistência, como o triatlo.

E o exame antidoping genético é uma tendência que ainda não foi posta em prática, mas é vista como importante para o futuro. Isso porque consiste em análises de células com o objetivo de saber se houve elevação do desempenho esportivo do atleta.