Conheça a história da Liga dos Campeões de Futebol Feminino da UEFA

Essa competição é histórica. Mas não no sentido de ter sido criada há muito tempo. E sim pelo fato de ter marcado história no futebol feminino: é o primeiro campeonato de futebol para clubes femininos de toda a Europa. Até porque só havia a competição para os homens. 

Foi a partir de 2001 que essa história mudou. A Copa Feminina da Europa ou Women’s Champions League estreou com uma final eletrizante entre o Frankfurt (Alemanha) e o Umea (Suécia). O torneio teve início em 12 de outubro daquele ano, com 8 equipes. Saiba mais. 

Conheça a história da Liga dos Campeões de Futebol Feminino da UEFA
Foto: (reprodução/internet)
  • A história da Liga dos Campeões Feminina
  • A última edição bateu recorde
  • As finais mais eletrizantes da Champions
  • Os maiores campeões da Champions League Feminina
  • Os melhores aproveitamentos da Champions 
  • As zebras da Champions League Feminina 
  • As maiores artilheiras da Champions League Feminina
  • Tem mundial de clubes também?
  • E a Copa Libertadores?
  • Os novos mundiais femininos de clubes

A história da Liga dos Campeões Feminina

A competição começou com 8 times e aconteceu de forma eliminatória. Assim, a conhecida UEFA Women’s Cup chegou em 2008, quando foi informado que ela receberia um nome novo: Women’s Champions League. Ou seja, trata-se da mesma competição. 

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Foto: (reprodução/internet)

A disputa é idêntica à da Liga dos Campeões da Europa (masculino). Sendo que os clubes classificados por cada país disputam a fase de grupos. Depois, os mais bem posicionados de cada grupo vão para a fase eliminatória, chamada de mata-mata

Como os clubes se classificam para o torneio? Isso depende de cada país, como se fosse um sistema de cotas. Os países possuem campeonatos nacionais e selecionam as melhores vagas para levar os clubes até a Champions. O atualmente campeão vai direto para a 2ª fase.

A última edição bateu recorde

Na temporada de 2019/2020 houve um recorde. Isso porque foram 62 participantes de 50 países europeus. Assim, formou-se 10 grupos com 4 equipes cada. E outros 22 clubes foram diretos para a 2ª fase, que é a eliminatória – antes das 8ª de finais. Geralmente, se fala em fase 16 avos, mesmo que não seja comum. 

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Foto: (reprodução/internet)

Inclusive, nesse ano, o atual campeão e os dois primeiros classificados entre os 10 países com melhor ranking da UEFA começaram a participar desde a fase eliminatória, o mata-mata. Depois, o jogo mais importante aconteceu em uma única final, em um local previsto. 

Ainda sobre essa edição, saiba que as fases finais seriam disputadas em Viena, na Áustria. Porém, devido a pandemia do Covid-19, os jogos se concentraram na Espanha. E a decisão ficou entre o Lyon e o Wolfsburg, em 30 de agosto no estádio de Anoeta. 

As finais mais eletrizantes da Champions

Vários jogos foram marcantes durante todos esses anos de competição. No entanto, não dá para negar que algumas finais foram, de fato, memoráveis. Antes disso, saiba que apenas no 1º ano é que a final aconteceu em jogo único. Depois, começou a ser em jogos de ida e volta.

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Foto: (reprodução/internet)

Um jogo que vale a pena ser lembrado foi entre Turbine e Lyon, que são os dois maiores campeões da competição. Isso aconteceu em 2009. Os jogos terminaram empatados sem gols e a decisão foi para os pênaltis, onde o clube alemão levou a melhor, ficando com o troféu. 

Já em 2015, o Lyon pegou outra pedreira alemã na final, o Wolfsburg. O último jogo também terminou empatado e a decisão foi para os pênaltis, de novo, com a vitória do clube francês. Aliás, desde 2015 para cá só deu Lyon como campeão da Champions Feminina.  

Os maiores campeões da Champions League Feminina

Atualmente, o Lyon da França tem 7 títulos e 2 vices campeonatos, sendo assim, é um aproveitamento de 77,7%. É, sem dúvidas, o clube que mais venceu, surpreendendo muitos torcedores e torcedoras. Logo em seguida vem um clube alemão, que não é qualquer clube.

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Inclusive, é o clube que foi o 1º campeão da competição, o Frankfurt. Ao todo, são 4 títulos e 2 vices, o que dá um ótimo aproveitamento, de 66,6%. Na próxima posição dos clubes com mais títulos, a gente tem um empate triplo, confira aí. Isso mostra um certo equilíbrio entre vários clubes. 

O Umea, da Suécia, tem 2 títulos e mais 3 vices. Depois, vem o Wolfsburg, da Alemanha, com 2 títulos e 3 vices. Por fim, o Turbine Potsdam, também da Alemanha, com 2 títulos e 2 vices. Mas, apesar de esses serem os 5 clubes com mais títulos, há uma curiosidade a se pensar.

Os melhores aproveitamentos da Champions 

Conforme o histórico de títulos que contamos acima, a gente viu que só dá Alemanha entre os maiores campeões, certo? Porém, nenhum deles tem 100% de aproveitamento. O que seria isso? Vencer mais vezes de todas que participou. A curiosidade é essa mesma. 

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Há 2 clubes que ainda não foram citados que tem 100% de aproveitamento. Ou seja, venceram a única vez que disputaram o campeonato. Estamos falando do Duisburg, que é outro clube alemão e do Arsenal, que é da Inglaterra. Eles possuem 1 título cada. 

Depois, ainda vem outros grandes clubes da Europa, só que nunca venceram e só conseguiram vices, como o PSG da França, o Barcelona da Espanha, o Tyreso da Suécia, o Zvezda Perm da Rússia, o Djurgardens da Suécia e o Fortuna Hjorring da Dinamarca. Será que são zebras mesmo?

As zebras da Champions League Feminina 

Por estarem na disputa desses jogos, a gente não pode dizer que esses clubes são zebras. No entanto, eles não eram favoritos a vencer ou chegar nas fases finais. Mesmo assim, fizeram isso. Mas de quem estamos falando? Abaixo você vai ver mais sobre eles, a começar pelas disputas nas semis.

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Por exemplo, na primeira edição, em 2001, as zebras disputaram a 3ª posição. Sendo que ficou entre o Helsinki da Finlândia e o Toulose da França. Já em 2007, pela primeira vez, um clube italiano chegou longe, foi o Bardolino, que também ficou na semifinal. 

Já quem chegou a beliscar a taça e era visto como zebra foi a Zvesda Perm, da Rússia. Em 2008 eles chegaram até a final, só que enfrentaram o Duisburg e perderam o jogo da ida por 6 gols de diferença. Aí ficou difícil reverter a situação não é mesmo?

As maiores artilheiras da Champions League Feminina

Agora vamos contar outro fato histórico que importa bastante: é sobre as maiores goleadoras da competição. A posição absoluta é de uma norueguesa chamada Ada Hegerberg, que tem 53 gols. Incrível isso, não é? 53 gols em 19 edições é algo muito bom, hein. 

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Foto: (reprodução/internet)

A Ada jogou pelo Lyon (França), pelo Stabaek (Noruega) e pelo Turbine (Alemanha). Depois, vem uma alemã, chamada Anja Mittag, com 51 gols. Algo bem próximo da Ada. E ela já jogou por grandes clubes, como PSG (França), Rosengard (Suécia), Wolfsburg e Turbine (Alemanha).

Na 3ª posição entre as artilheiras da Copa da Europa Feminina a gente tem outra alemã: Conny Pohlers, com 48 gols. E ela só jogou por clubes alemães, hein. Bem próximo dela, nós temos a Eugénie Le Sommer da França (47) e a Marta do Brasil (46). E a maioria delas ainda está atuando. 

Tem mundial de clubes também?

Se você observar bem vai ver que o campeão da UEFA Champions no masculino vai para o Mundial da Fifa, não é isso? Será que na disputa feminina acontece a mesma coisa? Mais ou menos. Primeiro, vamos entender o mundial e a sua história. 

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Foto: (reprodução/internet)

O campeonato começou a ser disputado em 2010. Assim, uniu a Copa Libertadores da América de Futebol Feminino, organizada pela Conmebol com a Copa da UEFA de Futebol Feminino, que é da UEFA mesmo. Outras federações ainda não possuem competições desse nível.

Assim, o evento, que aconteceu somente naquele ano, aconteceu no Brasil, com o Santos (Brasil) sendo o representante da Libertadores. Do outro lado estava o Turbine, da Alemanha, que levou a UEFA daquela temporada. O Santos levou a melhor. 

E a Copa Libertadores?

Do mesmo modo que aconteceu a Champions League, a Libertadores também tem a sua história no formato feminino. O evento acontece desde 2009 e assim como a Alemanha predomina na Europa, o Brasil é quem manda na Libertadores, na América. 

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Foto: (reprodução/internet)

O Santos, por exemplo, venceu nos dois primeiros anos. Mas quem tem mais título é o São José. O Corinthians empata com o Santos. Os três são brasileiros. Depois, com 1 títulos ainda vem o Colo-Colo do Chile, o Atlético Huila da Colômbia e o Sportivo Limpeño, do Paraguai. 

Ao todo, o Brasil tem 9 Libertadores. Enquanto isso, outros países famosos no futebol não possuem nenhum, como é o caso da Argentina, do Uruguai e do Peru. Se a gente considerar todas as participações e os pontos acumulados, o Colo-Colo leva a melhor, com 71 pontos. 

Os novos mundiais femininos de clubes

A notícia mais negativa dessa matéria é essa daqui. Isso porque em 2019 a Fifa deu uma entrevista onde mencionou que não havia data para um novo mundial. Sendo assim, ainda afirmou que esse tipo de evento não depende apenas dela. Ela diz que há proposta. 

Porém nada certo até agora. Na contramão, a Fifa garantiu que está investindo US$ 1 bilhão entre os anos de 2019 e 2022 para criar essa competição que reúne os maiores clubes do mundo no futebol feminino. Enquanto isso, os torcedores devem aguardar.