Ginástica Artística – Entenda as regras e conheça a história do esporte

Apesar de ter uma história parecida com a de outros esportes olímpicos (que surgiram na Grécia), a ginástica artística é uma das modalidades mais diferentes de todas. Isso porque ela se aperfeiçoou ao longo dos anos e hoje é considerada uma das mais bonitas do mundo.

Bonita, sim. Ainda mais quando a gente considera uma apresentação de gala ou uma apresentação nota 10. E no meio de tantas mudanças, muita gente fica com dúvida sobre os tipos de ginásticas que existem e sobre o que é a ginástica artística. Entenda isso agora.

Ginástica Artística - Entenda as regras e conheça a história do esporte
Foto: (reprodução/internet)

Veja os tópicos que iremos abordar nesse artigo:

  • A história da ginástica artística
  • O surgimento das regras
  • As novas regras da ginástica artística
  • As modalidades da ginástica artística
  • As barras assimétricas
  • A trave olímpica 
  • O cavalo com alça
  • As argolas
  • As barras paralelas
  • A barra fixa
  • O salto sobre o cavalo
  • O solo

A história da ginástica artística

Algumas pesquisas e estudos de historiadores dizem que o esporte vem lá da Grécia Antiga. Naquela ocasião, o esporte seria uma atividade física atlética. Enquanto isso, no Egito Antigo, as pessoas faziam acrobacias circenses nas ruas para entreter o público. 

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Foto: (reprodução/internet)

Logo, a ginástica artística atual possui essas duas raízes históricas. Sendo que o foco está bem delineado na força e na elasticidade do corpo. Ah, justamente por isso, a ginástica também passou a ser usada em treinamentos militares, como do exército.

Porém, após o surgimento, o esporte ficou meio esquecido. Ele voltou a aparecer na Idade Moderna, no século 15. Um pouquinho mais tarde, no século 19, ele foi aliado da educação, através do professor Fredrich Ludwig Jahn, que fez nascer o primeiro clube de ginástica.

O surgimento das regras

Com esse clube, que foi criado na Alemanha, Jahn começou a inspirar jovens e acabou por criar regras especificas para o esporte. Inclusive, acrescentou novos aparelhos e um sistema de exercícios que ficou chamado de Die Deutsche Turnkunst (a arte gímnica). 

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Esse sistema foi uma espécie de rascunho para o que viria a ser as novas regras da ginástica artística atual. Ainda mais tarde, já no fim do século, nasce a Federação Internacional de Ginástica, no ano de 1891. Ela é uma das entidades mais antigas do mundo no esporte.

Já em 1896 aconteceu a estreia da ginástica nos Jogos Olímpicos, sendo possível apenas para homens. Assim, em mais de 100 anos de história, o esporte foi se desenvolvendo, com novos níveis de dificuldades e melhores apresentações dos atletas. 

As novas regras da ginástica artística

Como a gente viu acima, a ginástica artística tem uma história bem bacana. Aliás, aqui cabe uma observação. Saiba que após a introdução dela nos Jogos Olímpicos, o nome passou a ser ginástica olímpica. Só mais tarde mudou porque entraram também outras ginásticas.

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Atualmente, as Olimpíadas contam com a ginástica artística, a ginástica rítmica e a ginástica de trampolim. De todo modo, saiba que, geralmente, quando se fala sobre ginástica olímpica estamos mencionando a ginástica artística. 

Sobre as novas regras, o que é preciso considerar é que cada apresentação tem o objetivo de fazer movimentos perfeitos. Para isso, os competidores seguem uma sequência pré-determinada, com uma série de movimentos, seja no aparelho ou em solo. 

As modalidades da ginástica artística

Atualmente, a ginástica artística pode contar com apresentações que usam aparelhos. Assim, além de movimentos no solo e os saltos, também dá para pensar nesse tipo de equipamento para fazer as acrobacias.

Ginástica Artística - Entenda as regras e conheça a história do esporte
Foto: (reprodução/internet)

Para o uso dos aparelhos, os ginastas usam uma espécie de tala na mão, que serve para dar aderência e contato, o que permite, por sua vez, a realização dos movimentos ensaiados. É importante saber ainda que há aparelhos para homens e outros para mulheres.

E para que você entenda essa diferença, nós vamos mencionar abaixo as modalidades dentro da ginástica artística que existem hoje em dia. Dentro de cada mini tópico, a gente vai mencionar também se é para homens, para mulheres ou para ambos. Leia. 

As barras assimétricas

Esse é um aparelho que é usado pelas mulheres. Ou seja, está disponível apenas para a apresentação feminina. O foco dele está em avaliar a força e o equilíbrio nos movimentos que as atletas possui. Isso acontece entre duas barras de metal.

A primeira é bem mais alta, tendo 2,36 metros de altura e a outra tem apenas 1,57 metros. Obviamente, só por essa razão já dá para ver que há níveis de dificuldade mais altos e os menores. Em todo caso, a ideia é não cair das barras, ok?

Acima, a gente trouxe um vídeo muito curioso. Ele foi gravado durante os Jogos Olímpicos de 1972, em Montreal, no Canadá. E conta sobre uma garota de 14 anos, chamada Nadia Comaneci, que conseguiu o primeiro 10 da história da ginástica artística nas Olimpíadas. 

A trave olímpica 

A trave olímpica também é um aparelho que é voltado para as mulheres. Essa trave tem um revestimento que é totalmente aderente, o que permite que as atletas “colem” na trave. O problema é que nem sempre isso acontece e elas podem cair. 

A trave fica a 1,25 metros do chão e tem 5 metros de comprimento. Agora, o que mais impressiona é a largura, que tem apenas 10 centímetros. E você, ao ver um vídeo de apresentação na trave, se pergunta: como dá para equilibrar ali em cima? A ideia é essa.

A Liufang Wu, da China, é uma das melhores atletas do mundo na trave. Em 2010, Paris, França, ela fez uma apresentação que garantiu uma medalha de ouro. A apresentação foi televisionada pela SporTV e a gente encontrou no Youtube, veja acima. 

O cavalo com alça

Do lado masculino da ginástica, a gente tem o cavalo com alça como equipamento exclusivo deles. Esse cavalo lembra um pouco a trave, mas é bem diferente, na verdade. Por exemplo, tem a seguinte dimensão: 1,15 metros por 1,60 metros por 35 centímetro. 

Além do mais, há uma espécie de alça, que ele pode segurar para fazer o seu movimento. Inclusive, trata-se também de um aparelho muito focado no equilíbrio do ginasta. E, obviamente, isso envolve a força física também.

No ano de 2019, durante o Pan-Americano, o brasileiro Francisco Barreto foi o medalhista de ouro. Isso foi inédito para ele, mas digno de uma apresentação nota 10. Chamado de Chico Barreto, ele se emocionou. No vídeo acima dá para ver a apresentação dele.

As argolas

Agora, imagine só você ter que se apoiar em apenas duas argolas que ficam presas lá no “céu”. A partir disso, cabe a você fazer as manobras no ar. É algo que lembra muito o trabalho circense. Só que na prática envolve demais a força dos músculos. É esporte masculino.

Ou seja, é um tipo de apresentação para quem é muito forte. Nesse caso, a modalidade se volta para os homens. Aliás, a ginástica tem um pouco disso: quando se fala em força “bruta” ela se vira para homens e quando se fala em beleza de movimentos, para as mulheres.

No ano de 2013, outro brasileiro venceu o ouro na Copa do Mundo de Ginástica, que aconteceu em Anadia, Portugal. Aliás, Arthur Zanetti é um dos principais medalhistas olímpicos do país. Veja um pouco do vídeo dele acima para entender a modalidade. 

As barras paralelas

Lá no começo, onde a gente fala sobre as modalidades da ginástica artística, você se lembra que falamos das barras assimétricas, certo? Que, no caso, são para as mulheres. Agora, temos outro tipo de barra, só que para homens. É a barra paralela, ou melhor, as barras paralelas.

Nesse caso, elas são focadas em mostrar o equilíbrio do atleta, além da força. Assim, eles precisam usar os braços (e também as pernas) para se movimentarem nas barras. Elas possuem 1,95 metros por 3,5 metros e fica há 50 centímetros de distância. 

O Daniel Corral é um dos principais nomes da modalidade. O mexicano de 31 anos tem 2 ouros em Pan-Americanos e várias medalhas de prata e bronze. No vídeo acima, ele faz uma apresentação em Londres, no ano de 2012, onde ficou em 4º lugar nas Olimpíadas. 

A barra fixa

Mais uma barra para a nossa lista é a fixa. Como o nome sugere, ela fica sobre uma estrutura de metal que está a 2,75 metros do chão. Assim, ainda tem 2,4 metros de comprimento. Os ginastas precisam fazer movimentos giratórios e acrobacias a partir da barra.

O criador dele é o próprio Jahn, que mencionamos acima. Entre os principais movimentos que são feitos hoje em dia, a gente tem a empunhadura cubital, o apoio, o kippe de apoio e o uberschlag. Entre os principais nomes estão os de japoneses, gregos e alemães. 

O vídeo acima é de um ginasta holandês chamado Epke Zonderland. E a apresentação se deu na final da etapa da Copa do Mundo, em Cottbus, na Alemanha, ano de 2012. Esse, inclusive, é o último do lado masculino, de forma exclusiva. Agora tem aqueles para ambos os gêneros. 

O salto sobre o cavalo

O salto sobre o cavalo é uma modalidade que vale para homens e para mulheres. Ele funciona de forma simples: é uma corrida inicial que leva o ginasta até um trampolim. Então, ele usa o trampolim para fazer um salto sobre uma mesa. E dá para fazer acrobacias no ar.

Essa modalidade também é chamada de salto ou de salto sobre a mesa. O grande diferencial é que dá para alterar as prioridades. Por exemplo, tem atletas que visam correr mais rapidamente para pegar impulso. Outros focam nas acrobacias aéreas e assim por diante. 

Curiosamente, hoje em dia a figura mais conhecida é a de uma indiana que arriscou o salto mais perigoso da história. Ela virou a celebridade do país. O nome dela é Dipa Karmakar e a gente encontrou um vídeo bem legal dela, que é da BBC. Veja acima. 

O solo

A ginástica artística no solo é a mais conhecida de todas. Inclusive, há referências no mundo todo. Ela nada mais é do que uma apresentação em um tablado, que acontece junto com um fundo musical, que guia os movimentos acrobáticos.

Nesse caso, força e equilíbrio fazem a diferença. Porém, além disso, é preciso ter muita ginga também, para acompanhar o enredo sonoro e se tornar um atleta carismático com o público e os árbitros. Hoje é um esporte de homens e mulheres nas Olimpíadas.