Só no futebol italiano, que é um dos mais fortes do mundo, a gente tem clubes que faliram, mas renasceram, que vão impressionar você. Napoli, Parma e Fiorentina são bons exemplos. Na América do Sul, também, com o Racing. E o Borussia Dortmund é outro exemplo.
Mas, a lista não para aqui, viu. A gente fez um estudo histórico para contar cada um desses casos. Afinal, uma boa parte dos clubes grandes que declaram falência acabaram conseguindo dar a volta por cima e se reestabelecer no futebol. Mas, nem todos tiveram a mesma “sorte”.
8 – Yokohama Flugels (Japão) em 1998
Essa talvez seja uma das histórias mais tristes que vamos contar aqui porque o clube realmente não existe mais. Só que isso não quer dizer que não tenha dado um jeito. Na verdade, o resultado é, no mínimo, diferente.
Isso porque o Yokohama Flugels, após falir, se fundiu com o seu principal concorrente de títulos, o rival Yokohama Marinos. Foi assim que nasceu o Yokohama F. Marinos.
Curiosamente, o clube japonês foi um dos grandes campeões do seu país nas décadas de 1990 – ao menos, no início dela. E contou com jogadores de peso, como os brasileiros Edu Marangon, Evair, Zinho e César Sampaio.
7 – Racing (Argentina) em 1999
Antes de chegarmos nos anos de 2000, o Racing faliu. E olha que curioso: o clube argentino tem 17 títulos nacionais no currículo, sendo um dos maiores campeões de lá. Também sempre disputava a Copa Libertadores da América, uma das mais importantes do continente.
Porém, com dívidas, a falência foi inevitável. Mas, aqui há um fato muito curioso que precisa ser mencionado: ele só não fechou as portas porque a torcida não deixou. É isso mesmo: a solução foi se transformar em uma empresa.
Assim, o clube de Buenos Aires, entre os anos de 2000 e 2008 passou a ser administrado pela Blanquiceleste. Mas, depois voltou a ser uma associação, com presidente e tudo. Assim, o novo modelo de administração que prevalece até hoje foi instaurado em 2009.
6 – Fiorentina (Itália) em 2002
O Fiorentina é um clube italiano tão tradicional que é considerado o primeiro do país a disputar uma final de Liga dos Campeões da Europa. Isso aconteceu em 1957, quando a competição recebia o nome de Copa Europeia.
No entanto, no início dos anos 2000, o clube passou por uma intervenção devido as dívidas que passavam dos 50 milhões de dólares. Logo, incapaz de pagar os salários dos jogadores, o clube não viu outra saída senão a falência.
No mesmo ano, ele renasceu através do empresário Diego dela Valle. No entanto, teve que voltar para a Serie C2, que é uma opção amadora do futebol italiano. Alguns anos depois ainda teve uma boa ajuda, ao conseguir pular da quarta para a segunda divisão do nacional.
5 – Napoli (Itália) em 2004
Um dos mais surpreendentes casos, que ninguém acredita, é do Napoli, que já foi considerado o melhor clube do futebol italiano – isso no início dos anos de 2000. Porém, em 2004, com uma dívida de 70 milhões de euros, o clube foi falido pela Justiça Italiana.
O resultado é muito simples: ele foi expulso da liga nacional daquele ano. Porém, Aurelio de Laurentis, que é um produtor de cinema, comprou o clube, refundou a equipe que já foi de Diego Maradona e fez renascer o Napoli Soccer.
O problema é que o clube precisou recomeçar a sua trajetória no futebol lá na Série C1, que é uma espécie de terceira divisão do campeonato italiano, sendo também a última.
4 – Rangers (Escócia) em 2012
Esse é um dos casos mais recentes de grandes clubes que faliram no futebol mundial. Quem conhece a Escócia no futebol, sabe que Rangers e Celtic são os maiores clubes de lá. Porém, o Glasgow Rangers não aguentou as dívidas de mais de 134 milhões de libras e faliu em 2012.
A partir disso, nasceu uma nova agremiação, chamada de The Rangers. Ela foi fundada do zero e precisou recomeçar a vida no futebol a partir da quarta divisão do futebol escocês. O novo time chegou a elite da competição em 2016 e terminou a temporada na terceira posição.
Uma curiosidade é que isso deixou muito espaço para o Celtic vencer o nacional. Logo, o Celtic venceu entre 2011 e 2020. Mas, quer uma novidade? O Rangers voltou a vencer na temporada de 2021, sendo que agora conta uma história linda de superação.
3 – AEK Atenas (Grécia) em 2013
O fundo do poço para o AEK Atenas foi em 2013. O motivo: a grave crise financeira que aconteceu no país nesse ano. Foi assim que o AEK foi rebaixado pela primeira vez da sua história. Com o péssimo resultado, eles decretaram falência.
E havia motivo para isso: a dívida passava dos 440 milhões de reais. Na temporada, inclusive, o clube não pode contratar jogadores e nem disputar competições europeias. O que pouca gente sabe é que esse é o terceiro maior campeão da Grécia, com 11 títulos.
Só que dois anos depois da falência, o clube retornou o futebol. Aliás, à elite do futebol. Isso porque após a falência começou a disputar a terceira divisão do campeonato grego.
2 – Parma (Itália) em 2015
Ainda mais recente que o caso dos Rangers, considere que o Parma, da Itália, também teve uma história triste nos anos de 2010. Isso porque o clube foi uma das maiores potências do futebol italiano na década de 1990, quando era o clube da Parmalat, lembra?
O elenco chegou a contar com jogadores que ficaram famosos, como Asprilla, Crespo e até mesmo o goleiro brasileiro Taffarel. Porém, em 2015, com as dívidas acima dos 218 milhões de euros, o clube entrou em falência e está em processo judicial até hoje.
Ao mesmo tempo, nasceu um novo Parma, que ficou lá na série D do italiano. Para isso, precisou ser bancado por empresários. Atualmente, o dono é um chinês.
1 – Metalist (Ucrânia) em 2016
E vamos chegar ao último caso falando do Metalist, que foi um dos grandes clubes ucranianos entre 2006 e 2014. No entanto, o clube da Cracóvia, mesmo com vices e terceiras colocações no nacional, acabou não resistindo as dívidas.
Sem conseguir pagar as dívidas trabalhistas, o clube está sem jogar desde 2016. Para os brasileiros, esse foi o clube de jogadores como Cleiton Xavier, Taison, Marlos, Diego Souza e William Bigode. Hoje, fora do futebol mundial.
Os casos de quase falência
Aqui no fim do texto, a gente trouxe uma espécie de curiosidade. Isso porque esses clubes que vamos citar não faliram, mas chegaram bem perto disso. E, novamente, estamos falando de clubes de grande representação no futebol mundial.
Talvez você não saiba dessas histórias macabras, mas La Coruña e Borussia Dortmund não faliram e foram rebaixados para as dívidas debaixo por muito pouco. Entenda.
La Coruña (Espanha) em 2013
O La Coruña foi o campeão do tradicional campeonato de futebol espanhol no ano de 2000. E o que pouca gente imaginava é que 13 anos após isso, o clube entraria em falência. Mas, foi o que aconteceu mesmo.
Para os brasileiros, o clube é conhecido por ter sido nomes importantes para jogadores como Bebeto, Mauro Silva e Djalminha. Mas, nada foi capaz de deter os 93 milhões de euros em dívidas. Sem ter como pagar os credores, o clube deixou de disputar o campeonato.
Aqui entra a curiosidade: 30 minutos antes de terminar o prazo para a inscrição da competição, o que levaria o clube ao rebaixamento, o La Coruña fez um acordo com os credores, renegociou a dívida e evitou esse rebaixamento.
Borussia Dortmund (Alemanha) em 2002
A história é bem parecida com a do La Coruña. Mas, algumas coisas mudam. Isso porque o Dortmund não precisou passar por um processo legal de falência, porém, ficou totalmente sem dinheiro em caixa. Isso tudo aconteceu entre 2002 e 2005.
A história fala sobre uma espécie de “saldão” que precisou fazer com os principais jogadores do elenco. Assim, cortou salários e os atletas passaram a receber 20% a menos. Chegou a pegar empréstimos com o Bayern de Munique, o seu principal rival para pagar as contas.
Mas, o Borussia, como a gente bem sabe, deu a volta por cima. Tanto é que tem dois títulos do campeonato alemão, que vieram em 2011 e 2012 e também foi o vice-campeão do campeonato europeu de 2013.
Outros clubes que faliram
Mais recentemente, a gente ainda tem mais dois clubes italianos que declararam falência. Porém, o caso deles ainda não está claro para a imprensa. Sendo que o Modena, que tem mais de 100 anos, foi expulso da terceira divisão do futebol da Itália por não pagar salários.
Após vender todo patrimônio para amenizar a dívida, o clube não disputa mais a Série A do Italiano. Já o Torino, do mesmo país e também com mais de 100 anos, teve uma crise financeira em 2005, já na Série B. O que se sabe é que foi comprado por um empresário.