Elas são mães e continuaram a vida de atletas, conciliando os dois compromissos. E isso deixou muita gente de boca aberta. Porém, além dessa questão, elas também conseguiram manter um alto padrão e uma boa forma física, o que impressiona ainda mais as pessoas.
A gente foi atrás de 10 brasileiras, entre tantas, que passaram por esses momentos, da gestação à infância dos filhos, sem deixar a bola cair – em alguns casos, literalmente falando. E no fim do texto ainda temos uma estrangeira, que também vale o exemplo. Leia com atenção.
10 – Jaqueline Carvalho (vôlei)
Talvez, o caso mais conhecido de todos no nossos país tenha sido o da jogadora de vôlei de quadra Jaqueline. São vários os motivos. O primeiro é que ela está em um esporte que nós adoramos. Depois, pelo fato de ter relacionamento com outro atleta do vôlei, o Murilo.
O fato é que a bicampeã olímpica teve o primeiro filho no final de 2013. O Arthur passou a ser integrante da família e até mesmo na rotina de treinos dos pais, sendo que já foi até os treinos que aconteciam em Saquarema, quando a seleção brasileira se “hospedava” lá.
Quer saber a curiosidade desse tópico? Se antes do pequeno Arthur, Jaqueline colecionou medalhas de ouro, saiba que após o nascimento dele, em 2014 ela já havia conquistado o bronze no mundial da Itália e o ouro no Grand Prix. Em 2015 foi prata no Pan.
9 – Fabíola (vôlei)
A levantadora do SESC RJ também acumula medalhas de ouro na carreira. Em 2006, ela deu à luz a primeira filha, a Andressa, no mês de outubro. No ano seguinte foi para a sua cidade para cuidar da bebê e começou a jogar no Brasil Telecom, depois foi para o Pinheiros.
O fato é que após o nascimento da filha (2006) e a aposentadoria da Fofão (2008), ela passou a ser convocada com muita regularidade para a seleção. O resultado? Ela venceu o ouro no Sul-Americano de 2007, 2011 e 2013. Tem ouros ainda em Pan, Copas, Mundiais.
E tudo isso aconteceu após o nascimento da filha. Sendo que até essa data (2006), ela não havia conquistado títulos importantes. Hoje, a soma é de 11 ouros, 7 pratas e 2 bronzes no currículo. Dá para acreditar?
8 – Maria Clara (vôlei de praia)
Vamos fechar a lista do vôlei falando da Maria Clara que tem uma história bem legal e vamos tentar resumir entre os pontos mais importantes. A primeira coisa é saber que ela teve o bebê em 2016, junto com o jogador Jeremy Casebeer, que é americano.
O atleta também é do vôlei de praia. Já a Maria Clara já foi jogadora do vôlei de quadra antes de migrar para as areias. Além disso, ela é filha de outra jogadora de vôlei, a Isabel Salgado, além de ser irmã do Pedro Solberg e Carolina Salgado, ambos do vôlei de praia, também.
Após a gestação, ela voltou a jogar em alto nível. Ela jogou as Olimpíadas de 2012 e não jogou em 2016 devido a gravidez. Hoje, com 38 anos, ela tem um físico que impressiona muita gente. Porém, não voltou a vencer títulos importantes após a gestação.
7 – Tamires (futebol)
Jamais daria para falar sobre as mamães atletas do Brasil sem falar da Tamires. Ela é uma jogadora de futebol, que defende a seleção brasileira e tem uma história linda com a família. Em 2009, a lateral ficou grávida do Bernardo, quando tinha 21 anos.
Curiosamente, é uma das poucas histórias de profissionais atletas que abandonaram o esporte por um tempo e conseguiu dar a volta por cima. É isso mesmo: após 3 anos fora dos gramados para cuidar do filho, ela voltou e hoje defende a seleção nas Olimpíadas de Tóquio.
No currículo, ela tem o ouro no Pan-Americano de 2015. Fora isso, após o nascimento do filho, ela tem optado por jogar no Brasil. Por exemplo, entre 2008 e 2011 ela ficou fora de campo. Mas, em 2011 defendeu o Atlético Mineiro. Hoje, está no Corinthians.
6 – Cristiane (futebol)
A Cris tem 2 ouros em Pan-Americanos, sendo em 2007 e 2015. Fora isso, são mais 2 pratas em Olimpíadas, sendo em 2004 e 2008. É uma jogadora que passou por mais de duas dezenas de clubes nacionais e estrangeiros. Hoje, ela tem 36 anos e defende o Santos.
Só que há aqui muita história a ser contada. Cris é lésbica e deu vida ao Bento em abril de 2020. Ela é mãe junto com a companheira Ana Paula Garcia. As duas se casaram em 2020 e Ana gestou o bebê a partir de um óvulo da Cris.
Atualmente no Santos, a não convocação dela para a seleção brasileira das Olimpíadas de Tóquio impressionou muita gente porque ela apresenta um alto rendimento em campo, sendo a maior artilheira de copas do futebol feminino.
5 – Gadu (futebol)
Ela foi a artilheira do campeonato Brasileiro A-2 de 2020. O que pouca gente sabe é que precisou se afastar do filho para conseguir o mérito. Ela é mãe do Théo e atacante do Real Brasília. O nome completo é Evelyn Monteiro, conhecida como Gadu.
Ela se tornou mãe aos 18 anos e a maternidade não estava nos planos. Porém, após a chegada do Théo, ela voltou a treinar e se tornou uma mamãe artilheira. E recentemente ela apareceu na mídia não pelo feito dentro de campo e sim fora dele.
Ela deixou uma carta para o filho, onde diz muito, como: “No início foi um pouco complicado. Hoje, posso usar todas as palavras possíveis, como amor, felicidade, esperança. Todas palavras boas e nunca suficientes para dizer o que o nosso filho representa”.
4 – Fernanda Nunes (remo)
Agora, você pode ficar impressionado por vários motivos. Os primeiros são pelo fato de falarmos de esportes não tão comuns, mas que, ainda assim, exigem muito condicionamento físico das atletas. A Fernanda Nunes, que é do remo do Brasil, é um dos exemplos.
No ano passado, ela foi citada na imprensa por ter falado como tem lidado com a pandemia, os treinos e a família. Mãe do Bento, ela contou que manter o foco mental e a disciplina foram fundamentais. E a tecnologia ajudou muito no processo todo.
O mais curioso foram as fotos que ela postava dos seus treinos diários, que eram em casa e em espaços pequenos e pouco confortáveis. Além de remadora, ela é fisioterapeuta também. Agora, apesar dos esforços, porém, não será uma das representantes nos Jogos de Tóquio.
3 – Vanessa Cozzi (remo)
Outra atleta do remo é a Cozzi. Se você não se lembra dela, vamos relembrar a história. Como a Fernanda, ela também não foi para Tóquio. No entanto, vale mencionar que nos Jogos do Rio, elas ficaram (junto com a Fernanda) em 15º lugar na classificação geral.
O que ninguém sabe é que ela começou no esporte quando tinha 28 anos e três anos depois conseguiu o índice para os Jogos Olímpicos.
Agora, talvez você se lembre dela pela cena: em 2016, após eliminação nos Jogos do Rio, a filha de 1 ano e 9 meses foi quem recebeu a atleta de braços abertos. A filha e o marido seguravam um cartaz e ficaram o tempo todo na torcida na Lagoa Rodrigo de Freitas.
2 – Gilmara Justino (basquete)
A Gil, como ela é chamada, foi uma das maiores convocações do ano pelo Sampaio Basquete. Hoje, ela tem 39 anos e é muito mais experiente do que muita gente pensa. Inclusive, foi eleita a melhor em quadra em várias partidas do ano de 2020.
Ela tem passagens pela seleção e disputou por três vezes os Jogos das Estrelas. O que pouca gente sabe é que enquanto morou na Europa, ela ficou 8 meses sem ver a família e sentiu muita falta da filha Marina.
1 – Juliana Veloso (saltos ornamentais)
A gente deixou a história da Juliana Veloso para o fim porque ela é bem intensa e interessante. Ela disputou as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, sendo essa a 5ª Olimpíadas dela. Nesse ano, ela já tinha os dois filhos, Pedro com 7 anos e Tiago, de 4 anos.
Só que a história surpreende porque na primeira gestação ela engordou 32 quilos, mas conseguiu voltar a boa forma. Na outra gestação, ela precisou perder 25 quilos para conseguir voltar a competir e deu certo, já que ela participou dos Jogos do Rio.
Ela é considerada a primeira atleta da modalidade a participar de 5 Jogos Olímpicos. No currículo, ela soma 2 ouros, sendo em 2008 no Sul-Americano. Fora isso, tem medalhas de prata e bronze no Pan-Americano, inclusive, em 2007, após as duas gestações.
Bônus: Kerri Walsh
A Kerri é uma norte-americana que tem na bagagem três ouros olímpicos. Aliás, esse é o mesmo número de filhos que ela possui. Para quem não se lembra da história, ela chegou a jogar vôlei enquanto estava grávida e por duas vezes: Pequim (2008) e Londres (2012).
Nesses anos, ela foi campeã pela sua seleção. Antes, em 2004, também já havia vencido. Nos Jogos do Rio, ela participou de novo, só que ficou com o bronze, considerando que perdeu uma única vez em todos os Jogos, para as brasileiras Ágatha e Bárbara.