O vôlei de praia é uma variação do vôlei de quadra, como era de se imaginar. A criação foi em 1895 nos Estados Unidos. Mas o mais curioso é que hoje em dia o Brasil é o melhor representante do planeta. Ao menos, quando se fala em duplas femininas.
Por exemplo, quem é o brasileiro que não se lembra da Shelda e da Sandra Pires? Com suas respectivas parcerias, elas fizeram história em Mundiais e Olimpíadas. Mas elas se lembram quais eram as duplas? A gente foi atrás dessas histórias. E a dupla mais icônica de todas só pode ser do Brasil. Descubra.

9- Duda Lisboa e Ágatha Bednarczuk (Brasil)
A gente vai começar com uma dupla que tem formação recente. Portanto, você pode até achar que ela ainda não é icônica, mas a gente explica isso. Ágatha sempre foi uma atleta vencedora e a Duda foi considerada a melhor atleta do vôlei de praia feminino do mundo.

Bem, a formação aconteceu em 2017, logo após os jogos olímpicos do Rio. Isso porque a Ágatha ficou com a praia nos Jogos, mas formando dupla com a Bárbara Seixas. Então, após 2017 a nova dupla começou a dominar o mundo, essa que é a verdade.
Duda e Ágatha ficaram com a prata FIVB World Tour Finals de 2017. Depois, venceram o Desafio Gigantes de Praia 2017 e aí é que entra o detalhe: Duda foi considerada a melhor jogadora da competição, conquistando o primeiro prêmio MVP para o país.
8- Ana Patrícia e Rebecca Cavalcante (Brasil)
Seguindo o mesmo que falamos acima, a gente tem aqui a melhor ou a segunda melhor dupla de praia entre as mulheres do país. A dupla já jogou junta e separada por longa data. Da última vez, em 2017, foram para o Circuito Sul-Americano, onde foram campeãs.

A partir disso, ficaram ainda com o vice-campeonato do Desafio Gigantes de Praia de 2017 e chegaram até a 4ª posição do Superpraia do mesmo ano. A Ana foi considerada a atleta que mais venceu naquele ano.
Mais recentemente, em 2019, a dupla ficou com o ouro nos Jogos Sul-Americanos de Praia de Rosário, na Argentina. Rebecca também foi como Ana Patrícia: saiu do indoor e foi para as praias. Tem dois ouros em Sul-Americanos e 1 bronze no World Tour Finals de 2019.
7- Sarah Pavan e Melissa Humana-Paredes (Canadá)
Essa dupla também está longe de ser um ícone. Porém, é uma dupla curiosa. Curiosa, não. Nova. Mas, é nova no sentido de estar buscando seu reconhecimento e isso aconteceu em 2019, quando foi escolhida como a dupla do ano.

Fora isso, a Melissa também acumula alguns prêmios individuais. Por exemplo, foi considerada a jogadora que mais evoluiu em 2017. Já no ano seguinte e no outro (2018 e 2019) foi a melhor levantadora do ano. Em 2019 também ficou como melhor jogadora defensiva.
Outra curiosidade da Melissa é que ela vem ganhando títulos e prêmios desde a juventude, inclusive, começou a jogar o vôlei de praia quando tinha apenas 12 anos. Aos 16 anos, já era uma competidora do Canadá.
6- Kerri Walsh e Misty May (Estados Unidos)
O ano de 2012 foi lendário para as meninas do vôlei de praia dos Estados Unidos. Os Jogos aconteceram em Londres, na Inglaterra, e as duplas jogaram final, conseguindo a medalha de ouro e a de prata, também. As campeãs foram Walsh e May.

O fato curioso desse caso é que a Walsh continuou sendo considerada a “dona da praia” pela imprensa. Aliás, ela recebeu o título de “maior jogadora da história do vôlei de praia feminino”. O motivo? Foram 3 medalhas de ouro em olimpíadas.
Inclusive, as 3 vieram com a formação da mesma dupla: Walsh-May. Aliás, Walsh também jogou o vôlei de quadra dos Estados Unidos nos Jogos de Sidney, em 2000. E estava grávida em duas de suas conquistas olímpicas, como em Pequim, 2008 e em Londres, 2012.
5- Juliana Silva e Larissa França (Brasil)
Agora chegamos a uma dupla que nem vai exigir muito do nosso trabalho de contar histórias. A gente só tem que dizer alguns números para vocês entenderem porque elas são ícones não apenas no Brasil, mas no mundo todo.

Tem um prêmio que é chamado de dupla do ano. Ou seja, ele seleciona a melhor dupla do vôlei daquele ano. E vamos lá: Juliana e Larissa venceram o prêmio entre os anos de 2005 e 2014. Nesse intervalo, só perderam em 2008 e 2013. Isso diz muita coisa, não diz?
Juliana ainda levou os prêmios individuais de 2009 e 2010 de melhor bloqueadora e Larissa ficou com o de melhor defensiva em 2009 e 2014. Entre as melhores atletas do ano, a Larissa levou duas vezes, sendo em 2008 e 2010.
4- Laura Ludwig e Kira Walkenhorst (Alemanha)
Você pode estar achando que estamos puxando sardinha para o lado brasileiro, porém não se trata disso. As meninas do Brasil realmente dominam as praias do mundo todo quando o assunto é o vôlei de duplas. Mas temos aqui uma dupla alemã que marcou época.

Aliás, ainda marca. Elas foram consideradas a dupla do ano de 2016, e também acumulam prêmios individuais. Kira foi a melhor novata em 2013. E Laura tem 3 prêmios consecutivos, entre 2015 e 2017 de melhor atleta do ano.
Em termos de Olimpíadas, a gente tem a medalha de ouro em 2016, justamente aqui no Brasil. Elas venceram a final contra a dupla brasileira formada por Ágatha e Bárbara. Kira ainda tem o ouro do FIVB World Tour Finals de 2016, 2017 e 2019.
3- Natalie Cook e Kerri Pottharst (Austrália)
E seria um grande erro não falar das campeãs dos Jogos de Sidney, na Austrália. A dupla de casa venceu e ficou com o ouro no ano de 2000. E tem uma curiosidade logo de cara: Cook participou de todas as edições dos Jogos desde 1996. As duas primeiras foi com a Kerri.

Além do ouro citado acima, elas também ficaram com o bronze em Atlanta, 1996. Com a aposentadoria de Pottharst, Cook começou a fazer dupla com Nicole Sanderson e juntas chegaram a semifinal de 2004, nos Jogos de Atenas.
Já a Kerri, hoje com 55 anos, decidiu se aposentar após os Jogos de Sidney. No entanto, retornou a jogar e foi para Atenas, também, em 2004. Porém, ficou longe da briga por novas medalhas. A nova parceria era a Summer Lochowicz.
2- Jaqueline Silva e Sandra Pires (Brasil)
Talvez, a dupla mais icônica de todas do vôlei de praia feminino do Brasil seja essa formada por Jaqueline Silva e Sandra Pires. Tanto é que elas foram as primeiras campeãs dos jogos olímpicos que começou em Atlanta, nos Estados Unidos, em 1994.

Isso porque o esporte só foi aprovado como olímpico em 1993, durante uma reunião do Comitê Olímpico Internacional. Mas há uma curiosidade: outra dupla feminina brasileira foi quem disputou a final. Ou seja, o Brasil também trouxe de lá outra medalha, a de prata.
Sobre a Sandra, saiba que ela também foi jogadora de vôlei indoor, ou seja, de quadra mesmo. Só que foi na areia que fez sucesso. Além do ouro em 1994, ela também ficou com o título mundial, que aconteceu em 1997, também em solo americano.
1- Adriana Behar e Shelda Bedê
De verdade, não dá. Não dá para citar outra dupla mais icônica do que essa daqui. Para se ter ideia, elas venceram o Circuito Mundial de Voleibol Feminino na Praia entre 1997 e 2001. Depois, voltaram a vencer em 2004. É algo incrível, não acha?

Já em termos olímpicos, elas ficaram com a prata nos Jogos de 2000, em Sidney. E obtiveram o mesmo resultado nas Olimpíadas seguintes, em 2004, Atenas, Grécia. Após o fim da dupla, devido a aposentadoria de Behar, Shelda passa a formar dupla com Ana Paula Henkel.
A dupla entre Behar-Bedê começou em 1995. Entre os prêmios individuais, Shelda sempre foi muito ativa, ficando com os títulos de melhor jogadora defensiva de 2005 e 2006, por exemplo. Também foi a “Most Inspirational” de 2005 a 2009, e a melhor atleta de 2009.
As regras do vôlei de praia
A gente trouxe aqui uma curiosidade. Você sabia que é preciso seguir algumas regras para que o vôlei de praia funcione da forma correta? Por exemplo, o campo de areia tem que ter 16 metros de comprimento por 8 metros de largura. Essa é a medida oficial.
Já a altura da rede é de 2,43 metros para os homens e de 2,24 metros para as femininas. A modalidade é sempre jogada em duplas, sendo que cada partida tem 2 sets de 21 pontos. Se cada dupla vencer uma parcial, então, tem o terceiro set, chamado de tie-break, de 15 pontos.
E quando a parcial tiver empatada é preciso abrir sempre dois pontos de vantagens para terminar o set. Por último, saiba que os jogadores só podem tocar na bolsa três vezes de cada lado. E cada toque tem que ser feito por um jogador, intervalado. Quem faz o ponto faz o saque seguinte.